quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vamos encerrar este Blog!

Suficientes dias após o fim do Jumpstart para ser a altura de acabar esta travessia.

Foi um corrupio.


Tem sido um corrupio! Desculpem os caros leitores mas esta ausência deveu-se a vários factores importantíssimos: alguns dias de férias em família e as constantes idas para Lisboa para entrevistas finais

A banhos no Sudoeste, local de minha preferência desde á mais de 20 anos, vou gerindo entre os mergulhos no mar e as brincadeiras na areia com as minhas filhas, a atenção ao telemóvel. Recebo várias chamadas, e agendo algumas interrupções às férias para idas a Lisboa para entrevistas que penso serem finais

Já em Lisboa, em contacto com os ex-colegas do curso, faço as contas. Quatro já acabaram o curso com emprego e nas trocas de emails entre o grupo nos últimos dias, contabilizo pelo menos mais dois ou três que recomeçaram a sua vida profissional. Parabéns!

Estes são os factores que se por um lado motivam o grupo, por outro sinto que alguns mais desesperados pelo facto de estarem há muito tempo sem emprego, ficam calados e imagino que no seu intimo questionam-se quando é que finalmente chegará a vez deles...também eu penso assim!

Eis que tudo muda. Lembram-se de um dos últimos post’s em que eu anunciava que antes das idas para as férias de Agosto esperava que tudo isto acabasse para mim?


O pequeno livro preto Moleskine.

Pois é! Peguei finalmente no pequeno livrinho preto Moleskine que trazia secretamente no bolso interior esquerdo! Este livrinho acompanhou-me durante os últimos oito meses e serviu para entre apontamentos mais íntimos, e listas de desejos quando resolvesse o desemprego, elaborar uma lista de nomes de pessoas, as quais quando um dia esta travessia pelo deserto acabasse, iria agradecer sobre as diversas formas. Pessoas próximas que sempre estiveram ao meu lado ou pessoas desconhecidas que tiveram pequenos gestos que inconscientemente significaram algum de importante durante a fase de desemprego. Tenho duas páginas de nomes para percorrer...e ainda vai só na primeira pagina!


A melhor noite do Sudoeste!

Não, não estou a falar de nenhuma noite de festivais ao som de Faith No More, ou dos Deolinda! Mais tarde viria a desfrutar de alguns bons momentos na Quinta da Casa Branca como tem sido hábito há 13 anos a esta parte. Faz já parte do programa das férias de Verão uma passagem pelo festival e pese embora este ano o contexto fosse outro, não era por estar desempregado que não iria desfrutar na mesma. Mas estou a falar da “Noite”. Aquela “Noite” da sexta-feira em que recebi o telefonema que mudou o resto das férias. Era meio da tarde na praia de Odeceixe, e como o barulho era muito, para ter alguma privacidade, subi a um local mais reservado que me permitia falar ao telefone, dai podia também contemplar uma paisagem magnífica da Costa Vicentina em pleno Sudoeste. Depois de o telefonema terminar, desliguei o telemóvel e assim fiquei a contemplar aquela deslumbrante vista por bem mais 10 minutos. Calado, só comigo próprio. Passaram-me em flashback cada um dos minutos que vivi nestes 8 meses. Revi momentos de angústia, expectativa, amor, camaradagem e até alegria. Finalmente desci a correr para a praia onde dei a notícia à Família… Foi o melhor final de praia no Sudoeste, em mais de 15 anos que por ali já passei.


E os colegas do Jumpstart?

Nos dias a seguir à grande notícia, passei alguns momentos em que nem queria acreditar. Quando me apetecia partilhar com amigos, fazia um esforço grande para me conter e dizia só para mim: “só quando estiver sentado à secretaria é que vou acreditar, por isso não vou partilhar a notícia e deixar para essa altura.” Durante este período a quem mais me custou não partilhar essa alegria foram os colegas do Jumpstart. Por um lado queria dizer-lhe cara-a-cara e depois entendia que seria muito difícil extravasar toda a minha alegria com aqueles que eu bem sabia estavam a passar por momentos difíceis. O meu desejo é que estes colegas depressa encontrem um projecto que os motive.

Hoje faço um apanhado e tanto quanto sei existe um bom grupo de colegas que já em emprego a juntar aos quatro que durante o curso ainda conseguir um contrato. Contabilizo pelo menos um total de nove ao todo o que dá uns agradáveis 22,5%. A pergunta que se coloca, mas e essa taxa de sucesso devesse ao Jumpstart? A essa pergunta só cada um dos participantes poderá responder, porem os sociólogos podem bem extrapolar e tentar fazer outras leituras. A que eu faço é que sem dúvida a passagem pelo Jumpstart veio-me acrescentar energia e uma dose de confiança adicional, veio fazer-me encarar com maior clareza e determinação quais os meus objectivos pessoais, consequentemente as entrevistas para emprego pós-curso, correram com muito maior certeza do que queria para mim. Se isso contribuiu para o sucesso no processo que me veio a proporcionar o emprego, ficaremos na dúvida!


É altura de comemorar!

Hoje olho para trás e sei que adicionalmente a toda a minha experiencia profissional tenho uma experiencia que não “cabe” no Curriculum Vitae… a experiencia de lutar em cada um dos 186 dias para alterar os estado das coisas, mudar o pensamento negativo e torna-lo optimista a cada segundo. Mas o momento é de comemorar, numa “grande festa” com família e amigos como disse um colega do Jumpstart.

terça-feira, 28 de julho de 2009

6º dia pós-JumpStart - Ansiosamente à espera por uma chamada telefónica...

Para não perder a conta aos dias que medeiam entre o dia em que fiquei oficialmente desempregado e o dia de hoje, elaboro uma fórmula numa folha de cálculo excel e consulto diariamente. Esta rotina faz com que coloque as coisas em perspectiva e não tome a passagem do tempo nem com demasiado optimismo, como que a pensar que já passou algum tempo e portanto está preste a acontecer qualquer coisa, nem como uma habituação sedentária que, possa de algum modo, provocar uma ausência de iniciativa na pesquisa constante por soluções para esta situação. O objectivo é colocar as coisas na perspectiva certa.

Ao dia de hoje passaram exactamente 182 dias desde que sou oficialmente desempregado! E seis dias após o final do JumpStart...Está portanto “perspectivado”, ansiosamente à espera da chamada telefónica.

É tempo para não deixar morrer a motivação e é tempo para aproveitar a dinâmica proveniente do Curso, com a certeza que a “silly season” está à porta e portanto terei que ter alguma paciência. Agosto vem aí e sinto que as coisas têm de acontecer nesta derradeira semana ou teremos de esperar até meio de Setembro. Procuro então as últimas bombas de energia e desato a restabelecer contactos que ficaram a meio ou encetar novos.

A jeito de sugestão de alguns leitores, procurarei evitar anglicismos, mas quando se torna inevitável, procurarei traduzir, ou pelo menos enquadrar. Por isso convêm traduzir “silly season”. Segundo os especialistas esta silly season decorre entre Agosto e Setembro e, aparentemente teve origem no facto dos deputados e juízes estarem ausentes do Parlamento e dos Tribunais. Mas há outras explicações ou origens em conformidade com as regiões do globo ou culturas.(fonte: wikipédia)

Silly Seasson, traduz-se à letra como a “temporada parva”. Diz-se que é a altura do ano em que nada de interessante se passa. As notícias são menos interessantes, os projectos fazem uma pausa, o país quase pára...e parece que os recrutamento também param...muito por culpa das férias de Verão.

Este período no entanto pode ser encarado segundo outra perspectiva e visto como uma altura bastante activa e interessante, senão vejamos: Nesta altura acontecem a maior parte dos festivais de música por esse pais fora, nesta altura milhares de Portugueses partem de férias a conhecer novos e interessantes locais, culturas e pedaços de história da nossa civilização, nesta altura muitos aproveitam para, nas merecidas férias, ler um ou até mais livros colocando assim a leitura em dia.

Concluo que afinal esta silly season pode ter muito de cultural e enriquecedor...Quanto a mim já estou nesta silly season em versão alargada há mais de 6 meses. Li vários livros, frequentei vários cursos, escutei bastante música...

Estou com vontade de voltar a trabalhar e ter menos tempo para isso tudo!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mais um dia pós-JumpStart - Anglicismos, exagero ou inevitabilidade?

Começo a perder a conta aos dias do calendário pós-Jumpstart. Em boa verdade, o pós-curso, qual pós-operatório, não termina e deixou grandes marcas. Começo a aplicar na prática muitas das técnicas, ou conhecimentos que fui aprendendo durante o curso. Nas entrevistas, na prática diária, na preparação de matérias e artigos, na visão estratégica de como abordar o problema, etc. Estar desempregado à procura de um projecto, deve ser encarado como um objectivo, – reparem que já escrevo “projecto” e não “emprego” – a verdade é que percebemos todos que há várias formas de triunfar.

Nada que o percurso profissional, em empresas de topo, não me tenham dado “bagagem” suficiente, mas não tenho a veleidade de pensar que possuo todos os conhecimentos e, se assim fosse, o JumpStart não faria sentido nem teria marcado tão profundamente todos os que o frequentaram se não permitisse a cada um de nós consolidar, ensinar e motivar em novas disciplinas, técnicas e matérias. A verdade seja dita, o JumpStart cumpriu e superou todos os objectivos.

As coisas estão a acontecer. Entrevistas, oportunidades, finalmente parece que o “mau olhado” que me tem perseguido nos ultimos 7 meses está a desvanecer-se...Estou com muita fé! Quem sabe ainda este verão possa regressar ao emprego...

Mas vamos ao que eu prometi, este post vai debruçar-se sobre os termos ingleses que hoje fazem parte do vocábulo profissional (e não só) e que eu fui mencionando no blogue, mas que nem todos os que me lêem têm de saber o que significa. Esta explicação não pretende ser uma tradução exacta, trata-se apenas de um enquadramento para explicar divertidamente o contexto das palavras usadas nos meus textos:

Leads – Todos os melhores profissionais com funções comerciais, andam à procura delas. Poucas pode ser de menos, demais nunca é mau. Transpondo para o contexto, traduziria como “pistas” que podem ajudar a alcançar um objectivo.

Laptop – Computador que pelas suas características pode ser usado no “lap”, isto é, em cima das pernas, num canto de uma mesa ou onde seja necessário, até pasme-se...no wc.

Post – Afixar. Em tempos afixavam-se textos e mensagens nas paredes por meio de pinturas e/ou cartazes, depois nas páginas dos jornais dedicadas a mensagens pessoais por anúncio, agora com a proliferação de canais mais evoluídos tecnicamente lembraram-se de criar uns sítios na internet (rede) denominados Blogues onde o seu autor pode colocar por via de texto ou imagens os seus pensamentos... por vezes bastante controversos, noutros casos mais banais ou aborrecidos, em muitos casos provocadores.

Break – Intervalo ou paragens para desentorpecer as pernas. Há quem aproveite para beber café, comer uma sandes ou, em caso de grandes “garfos”, ingerir um cozido à portuguesa. Apesar de desaconselhado, muitos aproveitam para fumar um cigarro.

Networking – Trabalhar a rede. Neste caso a rede não é a de pesca, mas o trabalho é genuíno. Trabalhar a rede de contactos, normalmente profissionais, para manter um conjunto de relacionamentos que podem vir a ser úteis para determinadas situações. Por exemplo: imagine-se que pretendemos esclarecer qual o computador mais adequado para as minhas tarefas profissionais, se na minha “rede de contactos”, souber de um especialista nessa área, telefono-lhe e ofereço-me para lhe pagar um almoço nos Frangos da Guia, entre uma coxa e um peito de frango, pergunto-lhe qual o Computador adequado.

Workshop – Loja de Trabalho !?!?, talvez fique mais adequado: “Evento de Trabalho”. Sessão onde, por diferentes motivos, resolvemos de uma forma mais informal debater soluções para um problema ou aprender qualquer matéria. Por exemplo: Workshop de Jogo de Copas – podemos aprender a jogar Copas e/ou melhorar a ‘jogatana’ com grandes craques do assunto.

Stress –
Tanto que recentemente se fala deste palavrão, que começa a ser “stressante”. Alguns queixam-se que é demais...outros como eu, em alturas como a do desemprego, queixam-se que é de menos... Stress demais pode causar comportamentos anormais do indivíduo, como subir 20 lanços de escada só para descomprimir ou correr durante 3 horas mais de 20km’s – como eu quando soube que ia ser despedido.

Segundos e Terceiros dias (úteis) após o JumpStart! - E se de repente?....

As coisas sucedem-se em catadupa. As 4 semanas do curso foram tão intensas que para alem do curso só (mal) cumprimos com a responsabilidade familiar e deixamos para mais tarde todos os contactos, processos e estratégias de pesquisa de emprego. Assim sendo estes dois dias tem sido intensos a colocar tudo em dia...

Tive de sacrificar estes dois dias de escrita para o blogue e investir nos contactos e actualização de leads para recrutamentos. Espero que os leitores não tenham levado a mal...

Segundo dia pós-JumpStart

Não podem apanhar um tipo fora umas horas para ir a umas entrevistas/contactos de emprego que enchem logo a mailbox com mensagens?!?!!??? Hoje a coisa durou todo o dia, e quando cheguei ao final do dia tinha mais de 30 email’s por ler dos meus ex-colegas do Jumpstart...

Parece que as recordações do curso são uma coisa intensa, soube a quatro semanas de um misto de ritmo de trabalho com cheiro a férias, misturado com colónia de verão... e a malta não “desgruda”...insiste em manter laços. Há quem, mesmo tendo ido para os Açores, de manhã a primeira coisa que faz é mandar umas mensagens de email para o grupo, há quem tenha ido de férias e lá longe em vez de se preocupar com a areia da praia nos sapatos e no chão da casa, decide todos os dias verificar o email e responder a todos, religiosamente!...

Grandes planos por iniciativa de vários membros do curso começaram a brotar e transcede já o âmbito do curso. Há quem tenha levado as coisas mais para o pessoal e combine encontros nas férias, há quem prometa reencontros regulares, há quem discuta possibilidades de negócios conjuntos e até quem revele que tinha muito gosto em vir um dia a trabalhar em conjunto com uns ...e outros!

Terceiro dia pós-JumpStart

Hoje dei a mim próprio um pequeno luxo: passei grande parte do dia, nas compras com a minha filha mais velha. Estes são momentos que a família merece e não há crise que mereça não proporcionar alguns momento de prazer....entre umas “Havaianas” novas para a praia e uns “Vans” novos, dei uma saltada até à Nova Forum com um grupo de colegas para discutirmos projectos futuros...

De repente entre conversas com colegas e emails trocados, surge uma questão: “O que fariam se de repente tivessem 3 ou mais ofertas de emprego quase simultaneas?” – As respostas dividiram-se, mas um elemento comum é predominante: “Aposta na qualidade de vida e no que te faz feliz. Somos prova que nada pode ser tomado como garantido...”

Acabei o dia na net a trocar emails e mensagens agradáveis com os colegas do Jumpstart...

p.s. não me esqueci da promessa que fiz ao meu leitor a quem prometi uma crónica sobre os termos ingleses que usei nas crónicas e que se usa muito nas empresas. Amanhã começo!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Primeiro dia (útil) após o JumpStart! - Sabe a férias...

Hoje interrompi a rotina das últimas 4 semanas e não fui apanhar o barco em direcção à Praça do Comercio.

Também não gozei o tal facto com um sono lerdo e preguiçoso na cama até bem tarde...às 8h da manhã já saltava da cama para tratar do pequeno-almoço das minhas filhas e rapidamente estava de mão dada com a mais nova!!! Que orgulho!!!

Ali seguia eu com a pequenita a pensar que o dia sabia a férias mas afinal era um dia de regresso à rotina de desempregado...mas seguia orgulhoso com a miúda pela mão...se me perguntarem o motivo de orgulho...nem sei bem porquê.

Coloquei a minha corrida diária de 10km’s em dia, e voltei para casa ansioso em começar a percorrer minha agenda de contactos que suspendera durante estas quatro semanas do curso.

O dia hoje foi multiplicado em contactos que estavam em atraso devido ao curso. Tive algumas surpresas agradáveis: alguns velhos amigos que sentiram a minha ausência, alguns amigos que sabendo que agora estava disponível devolveram chamadas para contar as novidades e saber das minhas....e até tive 3 “informações” interessantes sobre boas oportunidades....veremos!

Ao final do dia recebe a visita de um velho amigo de infância. Este amigo desde os tempos de escola, já passou comigo por muitas e complicadas “aventuras”. Este amigo é daqueles que podemos estar anos sem nos ver, que quando nos revemos por coincidência no corredor cheio de gente nas compras de um supermercado, fazemos tal alarido que os incautos transeuntes olham de soslaio e perguntam, “mas que raio de parvoíce, que bicho lhes mordeu?”

Não foi o caso. Esta visita foi planeada e estava 3 semanas atrasada por causa dos frenéticos dias do curso. Vimo-nos à pouco tempo e por isso planeamos que depois do curso iríamos passar umas horas à conversa....sobre nada...apenas o gozo de conversar de aventuras antigas e de banalidades. Soube muito bem. Quando demos por nós era noite e tivemos de interromper... é bom ter amigos verdadeiros para falar sobre ..nada!

Bem, parece que a malta do Jumpstart está cheia de saudades. Quando voltei ao laptop tinha, vários emails desesperados de colegas com tiradas mais ou menos cómicas mas ...desesperadas. O tom é de quem está com saudades ...

A grande percentagem dos emails incitava a uma das nossas colegas que nos dissesse como tinha sido o seu primeiro dia de trabalho já que ia ser hoje o seu
Regresso ao emprego. E ali estava ela fiel ao seus novos/velhos amigos, relatando integralmente o seu dia de trabalho...

domingo, 19 de julho de 2009

Vigésimo – e último dia do JumpStart - O Discurso!

Deixo hoje neste blogue, depois de terminado o curso Jumpstart, o discurso que proferi na cerimónia de encerramento, em representação dos alunos que frequentaram o curso.

Nota: ao contrário do que planeara, decidi deitar fora os papeis que levava comigo e improvisar, mas na essência, a mensagem foi esta. È que ia falar de emoções e sentimentos em nome de 39 alunos que estavam profundamente agradecidos...não fazia sentido “ler” umas quantas palavras...EU TINHA DE SENTIR O QUE ESTAVA A DIZER!!!

INTRO

- SR. PRESIDENTE DA FACULDADE, SRs DOCENTES, NOVA FORUM.

ANTES QUERO CONTAR COMO FUI ESCOLHIDO PARA REPRESENTAR OS ALUNOS NESTA CERIMÓNIA.

[pausa]
(história)

- UM DESTES DIAS CHEGUEI ATRASADO À AULA DE MARKETING.

- ESTAVA AO TELEFONE COM O MEU GESTOR DE CONTA PARA FIXAR A TAXA DO CONTRATO DE CRÉDITO A HABITAÇÃO, APOS UM DEBATE SOBRE O TEMA NA AULA DE FINANÇAS.

- AO ENTRAR PERCEBI QUE SE PASSAVA ALGUMA COISA. A CONFIRMAÇÃO CHEGOU QUANDO O PROF. JORGE VELOSA INFORMOU-ME DO INEVITAVEL: COMPULSIVAMENTE NA MINHA AUSENCIA FUI NOMEADO POR TODOS PARA VIR A ESTA CERIMONIA DISCURSAR.

- CONCLUSÃO: O PROF JOSÉ NEVES ADELINO (prof de finanças) FOI O CULPADO!

[pausa]

- REMÉDIO SANTO: NUNCA MAIS CHEGUEI TARDE ÀS AULAS NEM SAI DAS AULAS A MEIO...MESMO QUANDO A VONTADE DE IR AO WC APERTAVA...PODEM IMAGINAR O SOFRIMENTO!

PONTO 1

- MAS VAMOS A COISAS SÉRIAS: NA TROCA DE IDEIAS COM OS COLEGAS, ENTENDEMOS QUE HAVERÁ 3 IDEIAS FORTES QUE GOSTAVAMOS DE REALÇAR HOJE.

- O PRIMEIRO PONTO É QUE DE HOJE EM DIANTE NADA SERÁ COMO DANTES! ... NEM PARA ALUNOS, NEM PARA DOCENTES, NEM PARA A NOVA E NOVA FORUM!

- HOJE COMEÇA UM NOVO CICLO DA NOSSA VIDA!

- PARA NÓS ALUNOS: A VISÃO DE FUTURO É COMPLETAMENTE NOVA. MAIS MOTIVADOS, SABEMOS HOJE QUE HÁ MAIS VIAS PARA O NOSSO SUCESSO, EMPREENDEDORES OU NÃO!

- HOJE ESTÁ MAIS CLARO QUE SOMOS CAPITAL HUMANO QUE CONTINUARÁ A CRIAR VALOR PARA A NOSSA ECONOMIA.

- NADA SERÁ COMO DANTES

- PARA A NOVA, NOVA FORUM E DOCENTES: ESTAMOS CERTOS QUE OS MOMENTOS QUE VIVERAM FORAM ÚNICOS.

- ESTA EXPERIÊNCIA DE ENSINAR UM GRUPO EM SITUAÇÕES PARTICULARES, ESTAMOS CERTOS QUE TERÁ SIDO ÙNICA E ENRIQUECEDORA E GARANTIDAMENTE MARCOU AS VOSSAS CARREIRAS.

- NADA SERÁ COMO DANTES

PONTO 2

- O SEGUNDO PONTO QUE INTERESSA RELEMBRAR, MAIS DO QUE EVIDENCIAR, É ...QUE HÁ EFECTIVAMENTE UM PAPEL SOCIAL IMPORTANTE A DESEMPENHAR PELAS NOSSAS ESCOLAS EM TEMPOS CONTURBADOS DE CRISE.

- E NESSE SENTIDO A NOVA FOI PIONEIRA.

- FOI PIONEIRA, E FOI MAIS ALÉM: CUMPRIU COM ESTE PROJECTO O PAPEL QUE MUITOS ORGANISMOS COM MAIORES RESPONSABILIDADES SOCIAIS, NUNCA TIVERAM A CORAGEM DE O FAZER.

- AO DESENVOLVER ESTE PROJECTO A NOVA FORUM, PROCURA GARANTIR QUE O CAPITAL HUMANO NÃO SAIA DO PAIS.

- PROCURA PROMOVER O EMPREENDEDORISMO E ENSINA, MOSTRANDO QUE HÁ OUTRAS VIAS PARA O SUCESSO QUE PASSAM PELA CRIAÇÃO DE VALOR.

- DEVEMOS POIS, TODOS E NÃO SÓ NÓS OS ALUNOS, ESTAR AGRADECIDOS PELO PAPEL IMPORTANTE PARA A ECONOMIA NACIONAL QUE A NOVA DECIDIU ASSUMIR EXTRAVAZANDO AS SUAS RESPONSABILIDADES.

- HÁ EFECTIVAMENTE UM PAPEL SOCIAL IMPORTANTE, A DESEMPENHAR PELAS NOSSAS ESCOLAS EM TEMPOS CONTURBADOS DE CRISE E A NOVA ESTÁ A CUMPRIR

PONTO 3

- FINALMENTE POR ÚLTIMO, PERMITAM-ME QUE RECORRA A UMA CABULA...

[pausa] ...LER LISTA DE ADJECTIVOS:

LOUVÁVEL

FANTÁSTICO

ENRIQUECEDOR

RESPONSABILIDADE SOCIAL

FANTÁSTICO

EVOLUÇÃO

REFORMADOR

RECICLADOR

ESTRUTURANTE

UTIL

INOVADOR

REVIGORANTE

CATALISADOR

EXÍMIO

MERITÓRIO

OPORTUNIDADE FABULOSA

ENERGIZADOR

INOVADORA

VISIONÁRIO

CORAJOSO

INESQUECÍVEL.

FABULÁSTICO

EXTRAORDINÁRIO

BRUTAL

CRESCIMENTO PESSOAL

LUFADA DE AR FRESCO

ALTAMENTE CALÓRICO

- FOI DESTA FORMA QUE ACBAMOS DE CLASSIFICAR O PROJECTO JUMPSTART.

- ESTA LISTA DE ADJECTIVOS OU FRASES, FOI A FORMA QUE ENCONTRAMOS PARA QUE NESTE DISCURSO CADA UM DOS 40 ALUNOS DO CURSO TIVESSE VOZ PRESENTE, E ESTIVESSE GENUINAMENTE REPRESENTADO.

[pausa] ...

- PARA TERMINAR, COMO PROVA DO NOSSO APREÇO, NA TENTATIVA DE DEIXAR UMA AGRADÁVEL RECORDAÇÃO DA NOSSA PASSAGEM PELA NOVA, GOSTAVAMOS DE ENTREGAR AO REPRESENTANTE DA NOVA FORUM UMA SIMPLES RECORDAÇÃO.

- UM REPRESENTANTE DA NOVA FORUM POR FAVOR...

- MUITO OBRIGADO SR. PRESIDENTE DA FACULDADE, OBRIGADO NOVA FORUM, OBRIGADO SRs DOCENTES.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Décimo oitavo dia no JumpStart - Ter ou nao ter...

Todas as manhãs destes últimos dias chego de barco no Terreiro do Paço, entre as 8:45h e as 9:30h . Todas as manhãs à saída da estação fluvial cruzo-me com a mesma senhora que distribuí o jornal gratuito Destak. Esta senhora com aspecto humilde tem aparência de já ter ultrapassado a idade dos cinquenta, ali se encontra todas as manhãs com um sorriso no rosto a distribuir o dito jornal.

Por hábito não aceito os jornais gratuitos porque quero aproveitar o tempo nos transportes para escrever estes posts, porem nos últimos dias qualquer coisa me impelia no sentido de aceitar o jornal das mãos daquela senhora.

Decidi pois aproveitar para observar cuidadosamente o fenómeno e reparei que a senhora simpáticamente coloca o jornal à disposição e alcance de QUEM QUER, e não impinge o dito jornal. Mais! quando um transeunte não aceita o jornal, ela parece que ainda é mais simpática... e diz com um cordial sorriso: "bom dia senhor!"

Chego à Nova Forum, entro no edifício e como habitualmente dou os bons-dias à D.Dulce que diáriamente a partir da 9h se coloca à porta do edificío do departamento para receber os "seus" alunos. Após o cumprimento simpático da manhã, diariamente ela solicita-me com a sua amável simpatia, que assine o livro de presenças...Mais tarde será ela que lembra aos alunos que a aula começou, ou que o break acabou e que devemos dirigir-nos para a aula... sempre às horas certas!


Já cheguei a pensar que devia de haver uma D.Dulce em muitas dessas empresas por Portugal fora...havia quem desse muito valor, mesmo em empresas com uma cultura muito forte, e istopara garantir que todos chegavam a horas!...A história de aguentar até à última hora para ir para a reuniao, ou a história de ir beber o café e demorar meia hora a mais...acabava depressa!

Mas são estas Sra.’s Dulce’s e Sra.’s dos Jornais que são a imagem de uma organização e que garantem o sucesso da mesma pois junto dos seus “clientes” prestam um serviço de excelencia.

Hoje o dia foi preenchido com as aulas de Networking e ainda a aula de Liderança, mas a malta está mais preocupada em acabar o business plan...


Melhores/piores momentos (do dia de hoje)
1- Contei hoje trés colegas que arranjaram já emprego e que começam o novo desafio logo a seguir ao curso acabar. Parabens!

2- No final da aula de hoje, confesso que fechei os olhos devido ao cansaço...(acho que ninguem viu)


Nota Relevante:
Terminou o grupo de duas sessões extraordinarias de Expressão Dramática. Reparamos que alguns colegas apuraram as técnicas de apresentação e fizeram bons progressos.

Dificuldades:
Recebemos agora, quando faltam 2 noites para apresentação, o template com indicação do que deverá ser o PowerPoint da apresentação do projecto...que stress! E logo oquando nós já tinhamos a apresentação final quase terminada.

Decimo sétimo dia do JumpStart - Em que perfil se encaixam?

Agora que faltam apenas três dias para o curso acabar, vou tentar fazer de uma forma desinteressada e divertida, um exercício de caracterização do perfil dos que comigo estão a frequentar o curso. (acho que ainda antes do curso acabar vou ser linchado pelos meus colegas, lol)

Podia fazer uma análise estatística com gráficos e tudo, recolhendo dados demográficos dos participantes, mas esse trabalho decerto já terá sido feito pela Nova Fórum. Então como vou catalogar a malta?...

Tipo1: Active-a-olics.

Estes são aqueles que levaram uma vida profissional a 200 e agora como não estão profissionalmente activos, quando se lhes destapa a tampa, é um chorrilho de "exercícios", de opiniões, de seja o que for... para deitar cá para fora toda aquela energia acumulada ao longo dos dias sem o stress do emprego, às vezes chegam a dizer algumas frontalidades ou palavras menos reflectidas devido a essa carga de tensão - eu estou entre estes!

Tipo2: Soldiers.

Meus amigos...estes não estão no curso para brincadeiras! Desde o primeiro minuto a "coisa" foi levada a sério. Tomam o maior número de apontamentos possíveis, estão sempre a horas nas aulas, e têm pena que não haja exames para se testarem a si próprios alcançando o maior número de notas altas possíveis. São alunos brilhantes e profissionais experientes. No final das aulas são colegas interessantes...

Tipo3: Hunters.

Pois, quem disse que este curso não serve sobretudo para fazer contactos? Quem sabe, aqui, estes alunos encontram alguém que lhes vai proporcionar o contacto certo para o emprego... Estes passam o dia a trocar contactos, pensam em estratégias de networking, e no final do curso acreditam que têm na sua rede de contactos, o "tal" contacto...- Eles não são parvos, se calhar devia fazer como eles.

Tipo4: LowProfilers.

Estes são aqueles que estão ali, mas estão a morrer de vergonha. A vontade deles é de passar o mais possível despercebidos. Se alguém chama o nome deles em voz alta, quase morrem de vergonha... São super-atentos e inteligentes. Por detrás daquela imagem de low-profiler está um profissional com muita garra e energia, e sobretudo inteligente! Gosto de ter estes na minha rede de contactos.

Tipo5: Bubblegummers.

Quem disse que este curso é complicado? Naturalidade é o seu nome do meio! Para estes quanto mais “Cool” melhor...ainda não percebi se estão distraídos ou apenas descontraídos.

Nota do autor: este texto é apenas um exercício de estilo e pretende apenas divertir os que me lêem. Qualquer semelhança entre o aqui descrito e a realidade, não sei se é apenas coincidência!

Melhores/piores momentos (do dia de hoje)
1- A colega que hoje foi nomeada a possuidora “de uma voz que é chocolate para os nossos ouvidos”!!! – autoria da formadora -

2- Alguns colegas com o stress de fazerem o trabalho de grupo em tempo útil para apresentarem na 6ª feira, optaram por desistir da sessão de Expressão Dramática – mal sabem o quanto perdem e como estas sessões serão úteis para a apresentação dos projectos.

Nota Relevante:
Começamos hoje a primeira das duas sessões de Expressão Dramática. Curiosas surpresas com que deparamos quando nos analisamos a nós próprios nos gestos, expressões e voz!


Dificuldades:
Comecei a preparar o discurso de representação dos alunos na cerimónia de final de curso...mas que diabo hei-de eu falar?!??? Ou por outra: como diabo hei-de eu falar?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Décimo quinto e décimo sexto dia do JumpStart - Dois em um...

oh! Como é bom ter a vontade de chegar ao fim de semana... E sentir o desespero de chegar ao domingo à noite!!!

Não, não foi preguiça! Altos valores se levantaram e só hoje consegui arranjar tempo para escrever este breve post...

Primeiro o aniversário da minha filha mais velha - obrigado pelos parabens!!! - depois o trabalho de grupo, o prazer de estar com a familia e amigos,... a satisfação do fim de semana, etc...impediram que dedicasse tempo para escrever.

Décimo quinto dia do JumpStart

A aulas correm a bom ritmo mas a preocupação de executar o business plan em tempo útil faz com que todos estejamos preocupados. A ideia de alguma exposição aos media tem sido debatida entre os colegas...uns que não tem coragem, outros que tanto faz, alguns que a exposição pode ser positiva...todos, que a Nova Forum merece o reconhecimento público, e se, fazer o esforco para vencer a timidez para dar uma entrevista fôr a contribuição para esse reconhecimento, parece que todos são unanimes em dar o seu contributo de bom agrado.

Décimo sexto dia do JumpStart

Hoje a aula de finanças teve algums bons momentos altos. Pegamos em Casos de Estudo e aplicamos muito do que aprendemos. Mais tarde, outro caso de negócio para prioritizar estratégias...senti-me no meu meio...que saudades que tinha das tomadas de decisão, das avaliações de prioridades...esperemos que em breve volte à acção!

Os media voltaram a aparecer e a exposição deste curso aumenta a cada dia. Compete a cada um de nós assumir a responsabilidade de esforçar-se para que este projecto e este reconhecimento dos media seja merecido!

Melhores/piores momentos

1- Habituamos-nos a encontrar na disciplina de Finanças um interesse genuíno por conhecer as razões da razão do mercado, de uma forma simples e cativante. Seguimos com prazer cada minuto destas aulas...Foi uma delicia e um prazer. O sentimento é unanime!

2- Foi com pena que chegámos ao final das aulas da disciplina de Finanças.

Nota Relevante:
Depois da reportagem da SIC, algumas Empresas e Empreendedores, contactaram já a Nova Forum para encetar contactos com os alunos e quem sabe surgir oportunidades para alguns de nós.

Dificuldades:
Por iniciativa dos alunos vamos iniciar um curso de dois dias de Expressão Dramática após as aulas, e nas instalações amávelmente cedidas pela Nova Forum. Este curso pressupõe desenvolver em cada um de nós habilidades para estar em público e/ou perante audiências. O problema é que é nos próximos dois dias entre as 18:30 e as 21h...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

reportagem da SIC sobre o curso JumpStart da NOVA

Link da reportagem (completa) da SIC sobre o curso JumpStart da NOVA

Clicar aqui para ver

Décimo quarto dia do JumpStart - O processo criativo...

Ontem um colega de curso perguntava-me: "como é que tens ideias para escrever todos os dias para o blogue?". Eu puxei do meu mais eloquente e altivo discurso, e com a maior das vaidades, respondi: "...hhaaamm, hummm, sabes....hummm...sei lá!!!!!".

Espero que o colega não tenha desconfiado desta resposta. Espero que não tenha pensado que eu possuo uma fórmula científica que mantenho secreta, ou que quando chego a casa corro para o computador e executo um software em programação de quinta geração e ....sai dali uma "ideia" ...

A verdade é outra. A verdade é que não sei como, quando tenho de escrever, observo em redor e pronto sai...bem, também é verdade que quando corro os meus 10kms, parece que as ideias brotam da cabeça em catadupa. De tal forma, que às vezes nem me lembro de todas. Daí que quando chego a casa vou de imediato ao PDA e tomo umas notas para mais tarde recordar.

Mas isto tudo para vos conduzir inevitavelmente para o ponto comum destes post's e grande presença em todo o JumpStart: A ideia que conduz ao empreendorismo!

Como o processo de escrita, as ideias "brotam" da acumulação de experiencias e saber. Seja esse saber empírico, académico, empresarial ou a verdadeira "escola da vida". Eu na minha modesta opinião acho que as grandes ideias dos empreendedores que se tornaram casos de estudo, são resultado de isso mesmo: a observação cuidada do que nos rodeia, aliada à experiencia, com o propósito de adicionar valor.

O dia de hoje foi passado na aulas de Gestão de Projecto. Alguns alunos tiveram de prioritizar tarefas e acabaram por sair em algumas partes da aula para ir para a sala de estudo dar um avanço no Projecto já que o tempo escasseia. Espero que o professor compreenda.

Ao final do dia assistimos à apresentação do INTEC (http://www.intec.org.pt/) e achei interessante o trabalho que se está a fazer para promover o empreendorismo em determinadas regiões do país. Este organismo estuda as necessidades de uma região ou município, estabelece acordos com as entidades locais e identifica empreendedores que se queiram deslocar ou investir nessas regiões. Interessante tanto na perspectiva de empreendedor como na perspectiva de Intrapeneur. Se tem boas ideias e querem mudar de vida para locais com qualidade de vida...do que e que estão à espera??? Se é responsável por projectos de investimento ou de deslocação de valências na sua empresa...aproveite!

Melhores/piores momentos (do dia de hoje)
1- A seguir ao almoço foi um reboliço, ficámos a saber que passou a reportagem da sic sobre o nosso curso...

2- Mais uma colega deu a boa nova logo de manhã: conseguiu emprego... a recibos verdes é certo...mas tem emprego!

Nota Relevante:
Jantares, Almoços, promessas de reencontros...a dinâmica do grupo está muito forte!

Dificuldades:
Após duas horas de árduo trabalho de volta do documento de projecto, tive uma novidade à moda antiga: perdi tudo e tive de refazer !!!! ARGHHH!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Décimo terceiro dia do JumpStart - A ansiedade do telemóvel...

Esta manhã foi particularmente agitada. No espaço de 2 horas, e durante a aula, recebi várias chamadas para o meu telemóvel que não atendi por uma questão de princípio. Estou na aula e não atendo para não interromper. Tenho o hábito de retirar o som ao dito cujo durante as aulas mas mantenho-o na mesa para tomar as notas dignas de registo para os post's diários, por isso acabo por me aperceber de todas as chamadas que recebo.

Após o break confrontei os colegas com essa questão, e a resposta foi generalizada: "eu saio e atendo cá fora, pode ser um recrutador! Principalmente se for de número desconhecido...".

Durante o resto do dia estive atento às saídas dos colegas da sala agarrados ao telemóvel, e devo dizer-vos que estiveram bastante activos... Não sei se os professores perceberão este facto, mas eu diria que é compreensível...

Hoje o dia foi passado na aula de Contabilidade Financeira. Esta aula é já considerada por todos um autêntico “deleite” e hoje não defraudou as expectativas.

Os exemplos explanados na aula são no sentido do empreendedorismo, mas recorrendo a histórias vividas em que os grandes nomes da nossa Economia parecem pessoas ao nosso nível...dá estimulo!!!

Melhores/piores momentos (do dia de hoje)
1- O exemplo prático de como um grande nome da nossa Economia aplica a matemática e para um jogo de dados (...viciados). As coisas que a prática empresarial nos ensina!!!

2- Amanhã começa um conjunto de entrevistas com a Egon Zhender...

Nota Relevante:
O capital humano está fortemente empenhado nos nossos empregos...não podemos diversificar este nosso activo mas ....

Dificuldades:
As refeições (almoços) e lanches (manhã e tarde) começam a fazer efeito. Por serem tão bem servidos, já há quem confesse ter acumulado mais uns quilitos...

Decimo segundo dia do jumpstart - Espírito empreendedor

Devem ter reparado em um denominador comum nestes meus post's. O espírito empreendedor com que ficamos embebidos como resultado do curso. Hoje acordei e achei que queria vestir a pele de um empreendedor de visão, e decidi começar a ver oportunidades de acrescentar ou criar valor em tudo e todos. Desatei pois a pensar em ideias no meu dia-a-dia que acrescentassem valor, mas depressa realizei que entre um visionário empreendedor e um "idiota" vai um passo ... que interessa acautelar.

A primeira ideia que me surgiu era ter patrocínios para este meu blogue:
a) Ora bem, eu escrevo estes posts no meu pda quando vou nos transportes, como é um pda antigo, dava jeito um novo e decerto minimizava os erros de Português pois este não tem caracteres compostos nem corrector de Português! Resultado, se alguém me oferecer um pda novo, em troca faço publicidade no blogue por um período a definir...
b) o meu laptop já tem uns anitos...idem para o ponto 1 ...
c) as viagens para o curso consomem diariamente aproximadamente 5eurs... se alguma entidade quiser patrocinar o passe l123...

Segunda ideia: a pessoa que se sentou ao meu lado no barco vai a ressonar. Educadamente não digo nada. Sou educadamente correcto e nem abordo o assunto... mas a verdade é que me incomoda imenso ... pensei logo em estudar um mecanismo, ou recorrer ao meus amigos da área farmacêutica e química para desenvolvermos uma droga para acabar com este flagelo.

Terceira: E que tal uma via verde para entrar nos transportes públicos? Assim não perdia tempo a comprar os bilhetes, ou quem tem passe não perdia tempo a passar com o identificador no sensor e aguardar que a porta abra...

Pois, mas como devem imaginar estas ideias ... são ideias pouco empreendedoras. – Bem, talvez a última não fosse mal de todo -... Quando se fala em ideias de empreendedor, são ideias que quando concretizadas vão gerar valor, e a breve tempo irão gerar empregos e riqueza para o país.

Hoje o dia foi passado com a aula de Marketing. Uma vez mais cheguei cheio de expectativas e o dia foi interessantemente passado.

Melhores/piores momentos (do dia de hoje)
1- Quando cheguei a casa tinha mais de 20 emails dos alunos do curso. A iniciativa extravasa as portas do curso e começam a brotar iniciativas de carácter pessoal.

2- Depois de uma interessante aula (ontem) de Contabilidade Financeira onde discutimos taxas de juros e outros “quejandos”, sem falta decidi contactar o meu gestor de conta para saber o que oferecia para fixar a conta do meu crédito à habitação. DESILUSÃO!!!! Esqueçam!...os bancos são mais espertos que nós!

Nota Relevante:
O abcesso melhorou, mas ainda perdura. Já estou medicado, e um grande amigo Dentista teve a amabilidade de, em fora de horas de expediente, “dar” uns minutos para me observar. Obrigado.

Dificuldades:
Não podem apanhar um tipo distraído que o lançam logo para os leões?!?!?!?!?? Lembrem-se do que eu disse num comentário a um assunto da aula de Selling Skills: “a vingança serve-se fria!” – esta é uma piada privada para os meus colegas.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Décimo primeiro dia do JumpStart - ...uma grande marmelada.

8:35 - O barco sai do Barreiro para o décimo primeiro dia do curso, numa manhã calma, quente e ensolarada de Julho. Estão decorridos exactamente dez excitantes dias do curso e faltam outros tantos para o seu término. Estamos portanto, a meio do curso e já sinto que aprendi tanto. Não que as disciplinas fossem totalmente novas para mim, mas o sabor de voltar a uma rotina, o sabor de voltar a acordar às segundas-feiras com a "obrigação" de cumprir este horário, tornaram o processo de aprendizagem único. E digamos em boa verdade, sinto que hoje tenho uma visão mais alargada e preparada do papel das organizações, dos mercados e de cada um de nós na economia.

14:00h - almoço
O almoço já decorre com a naturalidade de quem está entre amigos. Parece que estamos em família. As conversas sucedem com a normalidade de quem está à mesa entre conhecidos de longa data. Discutimos assuntos banais, assuntos da política actual ou meros assuntos pessoais. Puxo pela evidência de estarmos a meio do curso. Uns comentam como tem sido gratificante, outros o que têm aprendido. Eu pergunto "e o que vão fazer a seguir quando o curso acabar?"... silêncio... eu quebro o gelo: "como estamos no Verão vamos de férias com a família!!". E a animação volta à mesa, em volta de conversas sobre os planos para as férias. Já temos planos para preencher os dias após o curso... pelo menos até ao fim do Verão.

O dia de hoje foi preenchido com as deliciosas aulas de Contabilidade Financeira... manhã e tarde. Mas confesso que apesar das 6 horas seguidas, é um prazer assistir aquelas aulas. E hoje teve a aliciante de versar sobre a avaliação do valor das Organizações e, pelo meio da teoria, o professor vai fazendo com que encaremos as coisas por prismas diferentes...a cada dia sou um cidadão mais esclarecido.

Percebi com razão de ser que afinal a taxa variável no crédito à habitação não é a mais conveniente ao cliente, percebi que ter uma carteira de acções em empresas muito “boas” nem sempre é o melhor, percebi que os empréstimos obrigacionistas nem sempre são mais apetecíveis em fase de taxas altas.... enfim, uma marmelada... mas também percebi que ter uma geração empreendedora é o que faz a Economia do país criar valor e consequentemente emprego!!!

Melhores/piores momentos (do dia de hoje)
1- Entre os alunos há colegas com diversas formações. Hoje tive pena da colega advogada confrontada com as pertinentes e insistentes perguntas cara-a-cara sobre algumas perguntas de cariz fortemente matemático...coitada!

2- Parafraseado um certo professor... "vamos lá a ver se entendemos esta grande marmelada"

Nota Relevante:
O colega que tinha ido à entrevista, foi contratado...começa já no dia a seguir ao final do curso. Todos rejubilámos: Parabéns!


Dificuldades:
Durante o dia foi-me surgindo um abecesso no maxilar do lado esquerdo, de tal forma que quando fui ao espelho assustei-me com o peixe-sapo/tamboril que vi no espelho... já estou medicado e amanhã tenho dentista...caramba!

sábado, 4 de julho de 2009

Decimo dia do JumpStart - A importancia e as expectativas neste curso.

8:30 - Entro no barco que me conduz ao Terreiro do Paço - por muito que repita esta frase, não deixo de achar piada à alegoria - e o tema comum nas conversas que escuto é o episódio do final do dia anterior no parlamento, quando António Pinho puxando de todo o seu saber em comunicação gestual, responde de forma eficaz a um deputado usando apenas a expressão corporal. No seu melhor e aplicando as melhores técnicas de comunicação, usou a LNV com tal das eficácias que resultou na sua saída antecipada do governo. Inadmissível? Um percalço? Exagero no parlamento?...nada disso, a maior parte dos comentários eram divertidos e com uma tal displicência, que concluí que ninguém queria muito saber do episódio… achavam piada e pronto!

Nota: na noite anterior passei os olhos pelos habituais blogues e o comentário mais divertido foi de alguém que achava estranho tanto burburinho, quando o deputado visado nem sequer veio a público desmentir a acusação do ministro.

14h - Hoje à hora de almoço o tema foi as expectativas e importância do JumpStart. Se por um lado fomos unânimes em fazer um julgamento favorável quanto à importância, já quanto às expectativas fomos variando de opiniões.

A importância parece consensual, porem parece-me importante citar alguns justificativos apresentados:
- “É fundamental para motivar tantos talentos profissionais que estão numa situação única.”
- “É importante para promover o empreendedorismo, e a UNL percebeu que a situação destes profissionais pode conduzir a saídas que passem pelo empreendedorismo.”
- “É importante para redireccionar a Economia em Portugal, pois de outro modo estes profissionais acabavam por procurar outra solução se calhar fora do Pais”
- “É uma forma de aumentar valências e preparar estes profissionais para a retoma do emprego.”

Do mesmo modo quanto às expectativas, quero apresentar pelo menos as minhas:

Note-se que a aplicabilidade das matérias estudadas no curso não se restringe apenas a quem tenha pretensões a empreendedor mas pode ser muito útil também a quem quer olhar para as suas organizações sobre outra perspectiva e abordagem. Se tinha perfil de Gestor da Mudança no final sinto que serei ainda mais um Intrapreneurship.

Hoje o Dia foi inteiramente passado com a aula de Financiamento e Lançamento de novos projectos. Porque nunca nenhum curso de licenciatura inclui uma cadeira com este tema? Talvez hoje fossemos uma geração de verdadeiros empreendedores?

Penso hoje mais ainda que muitas Universidades incluindo a que frequentei, deviam querer ter um papel na construção do nosso País mais activa e mais no sentido empreendedor.


Melhores/piores momentos (do dia de hoje)
1- Explicação cientifica na aula da manhã sobre os dados do estudo que indica que os filhos dos emigrantes Portugueses são os que ficam mais tempo em casa dos pais: a sopa das mães.

2- Para fazer um paralelismo foi nomeada Castro, San Francisco como o local onde um negócio orientado para mulheres grávidas não resulta, com toda a certeza.

Nota Relevante:
Pedro Colaço, CEO da start-up GuestCentric apresentou depois do almoço, como nasceu o projecto e no que consiste o seu modelo de negócio com um posicionamento global e de grandes ambições. A audiência assistiu interessada e participativa.

Dificuldades:
O tempo para levar mais longe o trabalho de grupo continua a ser um problema. A ver vamos como conseguiremos resolver esta questão.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Nono dia do jumpstart - Vamos fazer um Projecto?!?

Hoje o dia foi preenchido com a disciplina de gestão de projectos. Pelo que foi possível apurar parece que há muita gente na turma com experiência nesta área, e quase todos de uma forma ou de outra, esteviveram expostos a projectos. Interessa reflectir neste facto, pois nem tudo o que chamam de projecto nas nossas empresas assim o é.

É comum em muitas empresas atribuir o nome de projecto para dar um ar profissional à coisa. Alguém que numa reunião de equipa e que acordou com vontade de se evidenciar, puxa do vernáculo e perante a necessidade de se mudar o autoclismo da casa de banho do piso um, lembra-se de propor: "pois bem, vamos definir aqui um projecto. Substituicao da loica branca do wc!". Propoem uma equipa de 2 pessoas, um gestor de projecto e um stackholder, e intitula-se ele próprio de sponsor do projecto e pronto, desde essa hora ele sente-se o colaborador mais importante da organização. As semanas seguintes são passadas na maior azafama. Dezenas de reuniões de produtividade duvidosa, dezenas de páginas de papel gasto em relatórios e actas de reunião e ao fim de 6 semanas a casa de banho está na mesma!! : sem papel, inundada de água que corre do cano avariado, a sanita está estragada, faltam toalhetes e o sabonete liquido esgotou à muito!! E o Projecto???


melhores/piores momentos (do dia)
1- alguém para ilustrar uma situação na aula de gestão de projectos exemplifica: “Uma mulher tem um filho em 9 meses, mas 9 mulheres não têm um filho num mês.”

2- outra frase de ilustração de exemplos e forte figura de estilo: “Cuspir no bife”

Nota Relevante:
A Nova Forum tem uma excelente biblioteca que pode ser usada pelos seus alunos. Hoje foi colocada à nossa disposição para que durante o curso e mesmo no futuro sempre que queiramos possamos recorrer a este importante espólio.

Dificuldades:
Síndrome do estudante: se lhe derem 3 dias ele vai fazer o trabalho no último dia – acho que no trabalho de grupo sofremos desta patologia.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Oitavo dia do JumpStart - De que serve uma rede de amigos ou de networking?

Hoje de manhã acordei particularmente entusiasmado. hoje vamos ter duas aulas em matérias que tenho algumas expectativas: comunicação e networking. A primeira porque tenho gosto pelo tema, a outra porque sempre acreditei no valor de um bom networking.

Se para a primeira quero potenciar os meus skills naturais ou pelo menos aqueles que considero ter gosto, já na segunda quero claramente aprender como posso potenciar toda a minha vasta rede de networking que fui acumulando ao longo dos meus 17 anos de carreira profissional.

Durante o almoço discutimos à mesa qual dos canais em que acreditamos seriamente que vamos ter mais oportunidades de encontrar oportunidades de emprego. Se por um lado existem empresas no mercado que são especialistas em colocação de profissionais - os vulgos “headhunters” -, a ideia geral é que o nosso networking vai ser quem melhores oportunidades poderá possibilitar quer seja na procura de emprego quer seja no lançamento do nosso próprio negócio como geradores de “leads”.

Este tema na aula da tarde foi discutido, tal como até que ponto o networking é interpretado como cunha. Eu diria mais, em Portugal a par do networking tambem o lobby é mal interpretado sendo maioritáriamente visto como a vulgar e muito portuguesa “cunha”.

Suponhamos que por exemplo, um dos meus amigos e leitor deste blogue, simpatiza com as minhas ideias e acredita nas minhas capacidades. Um destes dias em conversa com alguem de sua confiança fica a saber que estão a recrutar para a empresa desse amigo, um gestor para a àrea de operações com um perfil semelhante ao meu. Automáticamente, sugere que o meu CV está disponivel e que provavelmente o meu perfil será do interesse dele. Como consequencia, no dia seguinte sou chamado para uma entrevista e mais tarde recrutado. Alguem chamaria a isto "cunha"? - eu não, e até ficava muito agradecido ao meu amigo leitor, de tal forma que era capaz de lhe pagar um almoço como prova do meu agradecimento.

Vejamos agora noutra óptica: O sr.X era empregado da empresa onde eu hipotéticamente fui recrutado e assumi um cargo de chefia. Para o sr.X que esperava uma promoção, eu sou suspeito, e quando souber que fui recomendado pelo amigo do administrador, vai logo dizer: "g’anda cunha!"...fazendo um paralelo para o lobby acaba por ser o mesmo.

Para estes sr.s X’s por esse Portugal fora, pouco interessa se o individuo recomendado tem capacidades ou não. A meritocracia e o lobby ainda não estão reconhecidos em Portugal como uma via razoável...”por culpa dos exemplos dados por outros em posições de forte exposição” diria alguem meu conhecido...

Melhores/Piores momentos:
1- “O mundo é mesmo pequeno”
2- a adrenalina começou a subir-me quando no trabalho de grupo “desatei” a confrontar ideias e a puxar pelos conhecimentos profissionais para enquadrar o nosso projecto de grupo.


Nota Relevante:
Fiquei a saber pelo método do Professor de Networking que sou um “espalha brasas”...que é como quem diz, tenho contactos em vários ”clusters” ao inves de ter solidas relações num só. Como ele disse, é uma estratégia como outra qualquer!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Dia sete do jumpstart - a vergonha de ser desempregado...

Para alem deste blogue, a propósito do JumpStart, achei adequado criar um grupo de discussão na rede social profissional linkedin.com. Nesta rede social cada um dos registados podem deixar uma descrição do seu perfil profissional, pesquisar outros contactos profissional, estabelecer ligações com esses contatos e adicionalmente criar ou subscrever grupos de discussão onde poderão trocar comentários e ou noticias sobre determinados assuntos. Assim sendo criei o grupo JumpStart Alumni Network para os colegas se ligarem a este grupo e iniciar-mos um forum de reflexão e networking. Ao mesmo tempo fui estabelecendo ligações aos colegas e apreciando os seus perfis profissionais.

Cedo reparei que eu serei o único que na sua profissão actual a desempenhar actualizei para "quadro desempregado com experiencia em várias multinacionais à procura de oportunidade"...

Conheci em tempos alguem que me dizia: "se tú fores o único a caminhar na direção oposta para onde vão todos...desconfia de ti!"... , bem, eu não desconfio, mas pelo menos vou reflectir sobre este facto. Será a vergonha de estar desempregado? Será preguiça de actualizar o perfil no linkedin? Será uma forma de interpretação do perfil?...acho que a sociedade e em particular esta minha geração ainda não está preparada para assumir o desemprego. Doi! é um estado de vergonha social, é preferivel afirmar que estamos a preparar um negócio próprio do que assumir que estamos desempregados. Aliás, acho que quanto maior é o cargo que alguns de nós ja assumiu antes do desemprego maior é depois essa vergonha. É a vergonha do insucesso. É a vergonha da inútilidade...

E quem está preparado para assumir o desemprego e o insucesso? Li recentemente num jornal on-line que um português a viver em Nova Yorque e que antes da crise global terá sido quadro de uma das maiores empresas de investimentos bolsisitas nos EUA, confrontado com o despedimento terá recorrido à última das alternativas: Trabalhar como empregado no restaurante para clientes endinheirados e que antes frequentara como cliente inúmeras vezes.

O que leva este Português que ganhara nos últimos anos ordenados significativos como quadro superior de wall street a aceitar um emprego “menor” e a arregaçar as mangas para procurar trabalho nem que fosse naquele restaurante? A vergonha de estar desempregado não foi de certeza. As contas para pagar? Talvez, mas desconfio que terá sido a tenacidade e coragem de começar de novo se for necessário...

Melhores/Piores momentos:
1- A aula de Marketing de hoje foi rica em casos de estudo e anúncios premiados: A emoção esteve ao rubro.

2- O ar condicionado da sala de aulas depois de almoço deve ter avariado pois o calor ficou insuportável.


Nota Relevante:
A hora de almoço já é mais barulhenta que o normal...alguem comentou: “nem parece um almoço de desempregados, que alegria!”

Dificuldades:
Recebemos mais uns casos de estudo para ler em casa. Os TPC’s começam a sobrecarregar.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Dia seis do jumpstart - Quem disse "I don´t like mondays"?

Durante o fim de semana depois de uma troca de emails bem humorados entre os alunos do JumpStart, recebo finalmente um email de uma colega de grupo para o trabalho de business plan. A Carla, iniciava mais ou menos assim o email: "só agora envio os documentos que combinamos, desculpem mas desde à sete meses, este é um fim de semana que realmente sabe a tal e assim não perdi a oportunidade de o gozar...", eu acresentaria:e soube bem como nunca.

Nunca fui daqueles a quem fazia muita confusão trabalhar um fim de semana, ou dar umas horas do sábado para acabar um relatório, ou ir ao escritório para assegurar alguma alteração ao layout. Os fim de semana eram e serão sempre obviamente uma oportunidade para estar em familia e amigos e retemperar forças, para mais uma semana de trabalho, mas quando era preciso, tambem sei tirar prazer do facto de ter de trabalhar ao fim de semana.

O.K., confesso que depois de uma semana de trabalho o fim de semana é “sagrado”, mas durante estes 6 meses de desemprego, os fim de semana não tinham sabor... ora faltava o cansaço fisico - experimentei correr todos os dias para chegar ao fim de semana cansado e não resultou -, ora faltava cansaço mental - experimentei ler todos os dias e tambem não resultou -, ora faltava sentir a ansiedade do fim de semana - experimentei planear coisas espetaculares para o fim de semana e tambem não resultou.

No fim de semana sentia sempre um vazio, o vazio de me sentir menos útil, o vazio de ser apenas mais um dia a seguir ao outro...valia ao menos o facto de ter uma familia grande que minimizava esse vazio. Agora finalmente voltei a sentir o fim de semana igual aos verdadeiros fins de semana.

13h - Almoço no “Palacete” do Nova Forum
À mesa discutimos os projecos que vamos apresentar para o nosso trabalho de grupo. Eu pergunto aos companheiros de mesa se estão genuinamente a pensar criar um projecto que vão aproveitar para avançar numa abordagem de empreendorismo. A ideia é vaga, o que me leva a perguntar se têm a mesma percepção que eu, que é a de que a maioria dos colegas assume que poderá a vir constituir uma empresa como resultado deste curso, mas genuinamente acho que todos tem essa ideia ainda muito remota lá na prateleira mais alta do cerebro.

Acabo por deixar no ar a questão: vamos montar uma empresa porque temos uma ideia brilhante em que acreditamos e temos muita força de a levar em frente ou porque estamos à “rasca”, sem objectivos na vida e esta é uma forma de dar razão aos dias? Ou porque simplesmente temos de arranjar maneira de gerar entrada de dinheiro nos orçamentos familiares para equilibrar as contas?

Depois de almoço continuamos até às 16:30 com a aula de Contabilidade Financeira, depois é altura de apresentar-mos os nossos projectos de criação de empresa.

Caros leitores, se tinha duvidas à hora de almoço quanto à crença em cada um dos meus colegas criar a sua empresa, agora desfiz essas dúvidas. Todos os 8 grupos, 40 alunos, nas suas apresentações em cada um dos minutos, colocaram ali toda a energia e entusiasmo na defesa da “sua” ideia, do ”seu” projecto, ...do seu futuro. E não era por serem profissionais experimentados, não era por não terem nada de melhor para fazer...era porque acreditavam no que estavam a apresentar, em cada palavra...

Melhores/Piores momentos:
1-Grande dissertação a jeito de palestra, em boa parte da aula, sobre o fenómeno da crise e a polémica dos mercados financeiros. Todos saimos a perceber bem melhor esta realidade.

2-A chegada à Nova Forum às 9:30 é feita debaixo de uma forte chuva...

Nota Relevante:
Parece que a entrevista do colega na sexta feira correu bem, todos torcemos para que ele tenha sucesso!

Dificuldades:
O tempo começa a ser escasso para tantas horas seguidas de tanta e boa matéria e ainda “fora de horas” trabalhar no nosso projecto.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Dia 5 do JumpStart - um mar de tormentas?

Sabem a única coisa que me tem custado neste curso do JumpStart? A viagem de barco entre o Barreiro e o Terreiro do Paço. Bonita alegoria, não é? Como se tratasse de uma viagem do cidadão comum até aos poderes de decisão no Terreiro do Paço.

Ainda não vos tinha contado mas andar de barco é das piores coisas com que posso ser confrontado. E não, não é por causa do medo do mar. Tambem não é por causa de especificamente o barco em causa ser um transporte público. É que eu enjoo como o diabo! Seja num transatlântico a atravessar um oceano, seja num calmo veleiro no estuário do Tejo, seja um barco de brincar numa poça qualquer...é só ver uma coisa que flutua em ambiente liquido e fico logo com as entranhas às voltas, os olhos na barriga, as orelhas no topo da cabeça e o cabelo no céu da boca...

Assim sendo as viagem ao inicio do dia e ao final do dia, no barco que atravessa o tejo, para mim nada tem de poético...nem com o sol esplenderoso, nem com chuva. Vale de recompensa assim que ponho os pés em terra firme e chego ao curso. Parece que ali me sinto de novo seguro, mal chego fico logo a sentir uma atmosfera reconfortante e agradável.

Pensava eu que sofria com a travessia do rio e que era penoso, quando tomo conhecimento de colegas que vêm de Abrantes ou das Caldas todos os dias para o JumpStart, e que chegam com um sorriso nos lábios. Devem vir por gosto!

Melhores/Piores momentos:
1-Um dos colegas sai a meio da tarde. Ele veio de fato e gravata e sabiamos que ele tinha de sair para ir a uma entrevista de emprego. Quase imediatamente todos se calam e ao mesmo tempo batem palmas para alimentar a sua auto-estima e gritam em uníssono: “ Boa Sorte”!

2-Não houve um único aluno que não se sentisse compelido a dar uma palavra de satisfação e apreço pelos dois dias entusiasmantes em que vivemos uma experiência única nestas duas sessões de “Selling Skills”. No final da sessão, quando me desloco até ao Professor para o cumprimentar e expressar o meu apreço pelas sessões reparo que se forma uma fila para fazer o mesmo...o sentimento foi geral!


Nota Relevante:
Referencia na aula a Mark Twain: “Para quem só tem um martelo como ferramenta, todos os problemas parecem pregos.”

Dificuldades:
Assegurar o silencio! “o silencio é de ouro” – confesso que tenho dificuldades em usar o silêncio em meu favor  - uma observação que apresenta duas técnicas aprendidas hoje – desculpem mais uma vez aqueles que não estiveram nas aulas, esses não perceberão completamente o sentido desta observação.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dia Quatro do jumpstart – parece que esteve aqui um quebra-gelo!

O dia começou da melhor maneira, apesar da chuva miudinha matinal que incomoda quem se desloca de transportes públicos, mas permite a quem vai de carro para o trabalho afirmar com o peito cheio e inchado de sabedoria: "..chuva civil que não molha militar" - sim eu tambem o dizia quando ia no conforto do carro de serviço...antes de ser desempregado. Agora acho que vejo as coisas por várias perspectivas.

E o dia começou da melhor maneira porque mal estava a sair de casa recebo uma chamada telefónica de um ex-colega profissional: "Então Rui, tenho acompanhado o teu blogue. Muito bem. Folgo saber que estás activo e entusiamado." - na verdade até me surpreende, bem sei que ele e eu tinhamos boa empatia mas mal eu fui despedido ele tambem saiu da empresa - mas por outros motivos (lá está a descapitalizacao de recursos) e tem andando muito atarefado com novos projectos, formação e viagens de trabalho no seu novo emprego. Como é que ele tem ainda tempo para se preocupar com um ex-colega que deixou de ver assiduamente? Estes são os gestos que nos fazem descobrir onde estão bons amigos. Aliás, recentemente tenho recebido alguns telefonemas e emails de colegas que me vão dando palavras de entusiasmo, mas sem miserabelismo, e discutem comigo possibilidades de colocação do meu CV, aqui e acolá.

A propósito de amigos, as inibições iniciais naturais entre os alunos do jumpStart comecam a esbater-se. Óbviamente que com o tempo isso acontece de forma natural, mas neste caso acho que é muito porque o ambiente porporcionado e criado com este grupo é extraordinário. Começamos a aproximar-nos uns dos outros sem receios, identificamos pontos em comum, referencias profissionais, passamos já até ao confronto de ideias e trocas de experiências. Tudo isto num tempo recorde: em apenas quatro dias.

Depois de perceber os básicos - de onde és? qual a tua última empresa? - rápidamente passámos à fase em que emails são trocados, procuramos amigos comuns, preocupamos-nos uns com os outros - "Então, foste a entrevistas? Correram bem?” - Pedimos boleias uns aos outros, etc

Querem que vos diga? Estou a ver que daqui a 4 semanas vão sair seguramente uns pares de amigos e quem sabe futuros sócios de Star-Up’s, ou pelo menos um grupo com fortes ligações profissionais. Parece que mais do que as matérias, este projecto/curso ao juntar estes profissionais em condições particulares, está de forma não intencional a fomentar conceitos de equipa, mais fortes do que esperava!

O dia de hoje foi totalmente dedicado ao tema de “Selling Skills”, mas aviso já, esqueçam tudo o que julgavam saber sobre este tema. A nossa mente levava fortes “pré-conceitos” sobre este assunto e saiu de lá ao final do dia com um “filtro” completamente novo...e amanhã continua. (Nota do autor: “pré-conceitos” e “filtro” são claras alusões a conceitos explicados na aula, desculpem se só os que tiveram nas aulas percebem esta frase)

Melhores/Piores momentos:
1- A alegoria da Maratona – especialmente para mim que sou um praticante de atletismo de fundo!

2-Tal a dedicação de docente e alunos, que assumimos a táctica de nos levantarmos e dar movimento aos musculos sem sair da aula só para vencer cansaço fisico provocado por uma aula de 8 horas consecutivas.

Nota Relevante:
O nosso pais é efectivamente uma sociedade de conflitos ao invés de uma sociedade de confronto.

Dificuldades:
Assumir que tudo o que ali foi dito é verdade e reconhecer em nós próprios muitas daquelas caracteristicas.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Terceiro dia do JumpStart, ou mas onde diabo está a crise?

7:30 - Acordo com as noticias na radio que o Ikea e a Stamples planeiam uma reestruturacao e consequente onda de despedimentos mas parece que não afectará ninguem em Portugal, tambem ouço que os portugueses consomem mais nos hipermercados, sobretudo das chamadas "marcas brancas". Conclui o jornalista que "parece que os portugueses deixaram de ir aos restaurantes e compram mais para consumir em casa.

Estas noticias levantaram-me as seguintes questões
1- se os despedimentos do Ikea e da Stamples nao afectará ninguem em Portugal, então porque estamos preocupados com o aumento de desempregados em Portugal?

2- os Portugueses compram mais nos hipermercados sobretudo as marcas brancas que são já 33% das vendas. Segundo uma marketeer do ramo do consumo que conheço, as marcas brancas tem vindo a aumentar o preço de forma significativa nos últimos tempos, chegando mesmo a atingir preços mais elevados que os equivalentes produtos de marca. Consequentemente a conta fica enganadoramente mais cara. A ser verdade quem ganha e quem perde?

3- Chego à Nova Forum depois de mais uma odisseia nos transportes e comprovo que nós, os desempregados do curso, - vou ser linchado...- maioritáriamente vamos de transporte proprio. Desempregados que se deslocam diáriamente de viatura própria num contexto de crise?

Hum...!?! acho que ou a crise é uma falácia ou nós os portugueses sempre soubemos levar estas coisas da crise de uma forma bem calma e com naturalidade. Acredito mais na segunda opção,... lá está a nossa habilidade para o nacional-desenrascanso!!!!

11:00h - Em conversa com os colegas troco algumas destas noções e a ideia é mais ou menos geral..."mas nós Portugueses sempre soubemos gerir bem a nossa crise quase permanente." - talvez essa seja então uma vantagem competitiva fase aos outros paises que só agora tiveram de lidar com a actual crise. Mais, esta deve ser tambem a razão porque reina um optimismo entre este grupo de desempregados. Qual Fado, qual quê? A malta quer é aprender, solidificar conhecimentos para agarrar depressa a próxima oportunidade, seja em em formato de emprego ou de Start Up...e se der para ter gozo nisso, melhor! - ainda não ouvi ninguem queixar-se do triste destino, nem da chatice que é ter perdido o emprego... Bem, para contrariar já ouvi umas anedotas bem divertidas e é comum ouvir umas gargalhadas soltas de vez em quando.

A aula da manhã de hoje veio a proposito, "Financiamento e Lançamento de novos projectos" - vai um distanciamento muito grande entre os passos do modelo para lancar novos projectos (empresas ou produtos) nos grandes paises capitalistas e o que se passa por cá. Nós somos mais ao estilo do desenrascanso! Mas ao menos quem passar pelo Jumpstart, leva informação suficiente para avançar com "pés e cabeça" e um sorriso de optimismo, não fosse a aula uma divertida e alegre experiência.

Melhores/Piores momentos:
1-O alunos estão cada vez mais “soltos”, até já hà quem contraponha veementemente de forma positiva as opiniões dos docentes. “Professor, olhe que não! Olhe que na industria livreira o stock é apenas 30% do volume de negocio.” - diz alguem!! Temos ali muita matéria prima, e estamos a revelar-nos!!

2-O Professor, devido à sua forma apaixonada de leccionar, fala rapidamente explicando ou dissertando sobre os temas,...ainda antes de tomar um cafe cheguei a falhar algumas frases, mas a mensagem ficou toda.

Nota Relevante:
Mais um professor novo, e mais uma surpreendente surpesa. È opinião geral! Cada novo docente é mais surpreendente que o anterior...onde irá isto dar?

Dificuldades:
O Professor da disciplina de Contabilidade Financeira à tarde, decidiu colocar à prova a nossa capacidade e resistencia. Desde as 14h até às 17h, não houve espaço para 15m de intervalo. Foi duro e a matéria impunha essa necessidade. Mas ninguem disse que o curso era para ser facil, pois não?!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Segundo dia do curso Jumpstart...

-9h no metro a caminho do Nova Forum

Acordo com facilidade às 7:25. A manhã está mais fresca que o habitual e o facto de ter um objectivo em cada dia faz com que a corrida diária de 10km seja dispensável.
Durante estes dias de desemprego tenho mantido uma rotina para colocar um objectivo para cada dia, (acordar cedo, levar criancas ao colegio, corrida matinal pelo parque, duche, peq. almoco, leitura das noticias on-line, etc,etc... ) - A ausencia do stress profissional foi talvez o maior choque com que tive de lidar nestes meses de desemprego. Mas agora sinto novamente "o sangue na guelra"...

Com facilidade apanho os transportes públicos que me conduzem até às instalações da Nova Forum, onde decorre o curso Jumpstart... A vontade de lá chegar é tanta e a forte motivação faz com que as atribulações nos transportes públicos sejam males que passam despercebidos.

O stress adicional hoje prende-se com a necessidasde de conjugar compromissos pessoais com o compromisso de frequentar as aulas do curso... Antes, com os dias inteiramente vagos, dispunha do tempo a meu belo prazer, contudo agora no Jumpstart com a responsabilidade de ter de atingir os 85% de frequencia do curso e com o facto adicional de termos de assinar as folhas de presença durante as primeiras meias horas do inicio das aulas nos períodos da manhã e da tarde, gerir o tempo diário para outras tarefas pessoais torna-se mais difícil.

Haverá quem pergunte,"..mas e quando trabalhavas?" – bem, o estatuto de quem trabalhava na Companhia à mais de 10 anos e o cargo de chefia, permitia-me gerir os horários de acordo com alguma necessidade pessoal...agora temos um cenário diferente.

Hoje vou ter de encontrar uma solução para ir ao consultório médico levantar uma requisição para um exame e fazer o dito exame ao final do dia...veremos como irei gerir esse facto sem falhar a assinaturas de presencas e as aulas. O objectivo é aprender nas aulas e atingir 85% de presenças...

21h:00
Objectivo cumprido! Consegui assinar as folhas de presenca, assistir às aulas, levantar a requisição medica e ir fazer o exame médico...que bom é voltar ao stresse!!! – não me perguntem como consegui, é que 17 anos de experiencia profissional tem estas vantagem e experiencia para improvisar e resolver estes “pequenos” problemas 

Vamos às aulas de hoje. Continuo siderado. Hoje tivemos 6 horas de “Comunicação” e 2 horas na primeira sessão de Work Group onde iremos construir um business plan até ao final do curso. Uma vez mais, a qualidade dos docentes continua a surpreender-me.

Melhores/Piores momentos:
1-Momentos altos porporcionados pela brilhante interpretação do professor no papel de um “louco”.

2-Por volta das 15h tive uma tremenda guerra contra a “cobra” que se enrolava e quase me fazia entrar em mode “sleep” – pese obstante a capacidade do professor em prender a atenção.

Nota Relevante:
Os recentes acontimentos económicos e políticos, continuam a enriquecer as aulas e a dar “matéria” acrescida para algumas dissertações, saidas humoristicas e paralelismos.

Avaliação da Aula(entre 1 -mau e 10 -excelente)
7

Dificuldades:
Tal o entusiasmo na aula de “comunicação” que não cheguei a tomar notas...mas tenho a certeza que os temas ficaram bem colados no cerebelo...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Primeiro dia de aulas do JumpStart.

Mal chego, registo a minha presença e a responsável de comunicacao da Nova Forum, chama-me à parte - dada a minha propensão para o azar pensei logo ”será que fiz alguma asneira?”- Então contam-me que a revista Visão tem preparada a visita de uma equipa de jornalistas e que alem disso pretendem "recrutar" um blogger. Dadas as circuntancias de eu ter alguma experiencia com esses canais de comunicação, propõem convidar-me para a dita função ... GLUP!!!! - Bem, eu fiz um blog pessoal sobre a minha experiencia de estar desempregado (http://blogdeumdesempregado.blogspot.com/ ), eu fiz um grupo de discussão no Linkedin para os alunos do Jumpstart, i.e mantenho-me bastante activo nas redes sociais para obter a oportunidade de uma entrevista profissional, mas confesso que ser blogger para a Visão!!!... - e agora? "Tenho de ter cuidado com a escrita em Portugues", foi logo o que me veio à cabeça – Panico!

O primeiro dia:
Medo, nervosismo, ansiedade...dúvidas. Foram estes os sentimentos que experimentei nesta primeira sessão.

Fascinio:
De tudo o que já tinha experimentado de docentes e formadores, o professor da sessão de hoje impressionou-me. Fiquei fascinado...pelo discurso, a experiencia, o saber...anos luz dos académicos com que me cruzei, fascinante pela paixão com que lida com as materias, superior aos formadores com que alguma vez me cruzei. Mas não se pense que este texto serve para dar graxa...por lado achei intimidador - que o digam alguns colegas que se calaram na hora de levantar dúvidas ou os que foram confrontados com um:"quem disse?"

Melhores/Piores momentos:
1-A alegoria do espelho retrovisor...para esplicar o uso da contabilidade como perspectiva histórica da empresa.

2-Oups!!! mandei umas bocas (observacoes) erradas...

3-O exercicio...medo...há quem queira cobrar-me responsabilidades matemáticas.

Nota Relevante:
O enquadramento económico fertil actual permite análises e paralelismos bem dispostos, interessantes e motivadores. Eis que ouvimos uma valente dissertação sobre os recentes acontimentos económicos e políticos.

Avaliacao da Aula(entre 1 -mau e 10 -excelente)
8

Dificuldades: Digerir tanta e boa quantidade de informação em tempo ùtil.

Nota: estes textos poderam ser lidos agora tambem no site da revista Visão a partir de 5ª feira dia dia 25 de Junho

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Não podia deixar de celebrar...vou frequentar o curso da Univ.Nova: Jumpstart!

Não podia deixar de celebrar...

Estou entre os 40 que vão poder frequentar o curso da Faculdade de Economia da Univ. Nova,levado a cabo pela Nova Forum. Este curso vem de forma original e oportuna "dar a mão" a 40 executivos ou pelo menos, a 40 Quadros que dadas as circunstancias e as condicionantes do mercado, se encontram desempregados.

A ideia pareceu-me brilhante, a estrutura soberba, então não pude de deixar de me candidatar. No próprio dia em que li no Jornal Expresso uma reportagem sobre a iniciativa, iniciei uma verdadeira batalha de persistencia até conseguir submeter a minha candidatura. Persistencia porque após a leitura da entrevista, nem no site da Nova Forum, nem da Univ.Nova, nem das empresas patrocinadoras encontrei informação, nem formularios de candidatura....mas insisti e nas primeiras horas de 2ª feira tinha a minha candidatura submetida!!

Uma semana depois foi-me comunicado que tinha sido escolhido para fazer parte do curso...Alviseras!!! Mais tarde recebi o programa, horário e lista de docentes e compreendi que as minhas expectativas não foram defraldadas...O programa parece-me brilhante.

Dia 18, ontem! Decorreu a cerimónia de apresentação e lá fui eu. Expectante e nervoso porque o calor era abrazador logo pela manhã... Na noite anterior planeei com cautela a melhor forma de me deslocar até lá. De Carro, pareceu-me mais cômodo, mas corria o risco de apanhar muito trânsito na Ponte e não conseguir chegar a a horas o que me pareceu logo um mau indicador. Por isso planeei a melhor opção para ir de transportes públicos. De Barco e de seguida de metro, ou de Comboio e depois metro. Pareceu-me que o Barco seria mais conveniente e assim fiz.

Mas como alguem uma vez mencionou, se alguma coisa errada tem de acontecer, vai mesmo acontecer, e fui apanhado de surpresa quando descubro pela pior forma, que a estação de metro mais proximas, São Sebastião, estará fechada para obras. Por sorte tinha algum tempo de sobra que me permitiu sair na Praça de Espanha e fazer o percurso até à Marquês da Fronteira, sob um sol abrasador em tempo útil para chegar a tempo à sessão.( a tempo, mas encharcado em suor!)

NOTA: As proximas quatro semanas irei aqui deixar diariamente o testemunho da minha experiencia neste curso.

Artigo sobre este curso na newsletter da Nova Forum.

Site da Nova Forum.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Porque diabo passam as gajas tanto tempo ao telemóvel??

Finalmente julgo que compreendi!! Agora que me desmembro em multiplos contactos uso mais o telemóvel para agarrar uma oportunidade de emprego. Agora que ando muito mais de transportes publicos, assisto/ouço, mais gajas ao telefone. E acho que percebi tudo.

Conversa tipica de um gajo a fazer uma chamada(telemovel):
"Olá! sou eu o Rui! Estou a ligar para saber afinal se amanhã almocamos?, ok, então até amanhã às 12:30 no Chiado. Sim! à saida do metro. Tchau!"
- Tempo de chamada = um minuto.

Conversa tipica de uma gaja a fazer uma chamada(telemovel):
"Olá! Adivinha quem fala Ana?...não!...não! Sou eu parva! A Joana!... Onde estás?..o quê? Não me digas que foste ao cabeleireiro? Mas estavas com um cabelo girissimo!!!...hum,hum..pois. Mas foste onde? O QUÊ? Mas esse gajo faz uns penteados horriveis!...olha deixa que eu marco no meu cabeleireiro e vamos as duas para a semana ao meu...sais de lá espectacular!...hum,hum...olha, sabes da última vez que lá fui, foi para ir à festa do João,..sim parva! O João Dias!!...está bem...nessa altura ainda andava com ele,...hum,hum,...e levei um vestido lindo que tinha comprado nos saldos da Desigual! ...baratissimo!!!...50% desconto foi um achado!....hum,hum...bem foi nessa noite que acabamos,mas o que importa isso,...sim!...bem falamos então mais logo, depois de eu marcar o cabeleireiro. Adeus querida. Beijinhos!"
- Ela desliga e de imediato pensa para os seus botoes:
"ora bolas, não confirmei com a Ana se sempre almocamos amanhã. Tenho de lhe ligar outra vez."

Tempo de chamada = interminavel....

NOTA: bem sei que esta cronicaparece do mais puro machismo...mas tive dificuldades em passar para texto outra realidade..desculpem as senhoras!

Sketch do Fogo Posto! Especial Natal. Para que serve o telemovel par aos homens??? Escrito por José de Pina. Realizado por Filipe Homem Fonseca/José de PIna. Interpretado por Sandra Figueiredo e José de Pina:

domingo, 7 de junho de 2009

já que estamos numa de eleições...vota no meu survey!

Já que estamos numa de eleições, votem no meu survey no linkedin:

http://polls.linkedin.com/p/41507/pcgdl

sábado, 6 de junho de 2009

Album da Semana (28Mai a 6Jun) - Blue Lines dos Massive Attack

Continuo a série de sugestões semanais para audição sonora. Como tenho algum tempo de sobra, proponho-me que todas as semanas escolho um album musical, ouço-o até a exaustão durante a semana e depois escrevo aqui umas linhas sobre o dito cujo.

A propósito da morte do produtor Jonny Dollar, vitima de um cancro aos 45 anos, lembrei-me de ir buscar ao bau um velhinho mas optimo album dos Massive Attack: Blue Lines do qual ele foi o produtor. Os Massive nasceram em 1988 na cidade de Bristol e de imediato foram rotulados com um som ao estilo “trip hop”. A banda é constituida por 3D" (Robert Del Naja) e "Daddy G" (Grant Marshall), tendo ainda contado inicialmente com Andrew Vowles (Mushroom).

Mas vamos ao Album. O album Blue Lines teve a luz do dia em 8 de Abril de 1991 e é o primeiro da serie de quatro albuns da banda. Para muitos este album foi o inicio do estilo “trip hop” que resultou na fusão de vários estilos, desde musica electronica, hip hop vindo dos USA, a “dub music”, '70s, soul music e reggae. Foi com este album que se convencionou os Massive Attack como os fundadores do “trip hop Bristol sound”. Neste album os Massive Attack abordam o movimento “hip hop” norte-americano numa prespectiva Britanica “underground”.


Alihamento:
1- "Safe from Harm"
2- "One Love"
3- "Blue Lines"
4- "Be Thankful for What You've Got"
5- "Five Man Army"
6- "Unfinished Sympathy"
7- "Daydreaming"
8- "Lately"
9- "Hymn of the Big Wheel"



Minha faixa preferida:
"Unfinished Sympathy"


Nota (escala de 1 a 10):
6

Breve Comentario:
Este album teve o seu tempo. Quanto mais não seja porque defeniu um estilo muito próprio e introduziu, pelo menos nos meus gostos, o suave swig do “trip hop”. Só por isso merece um lugar na historia da música, mas convenhamos que os Massive tem mais e melhores albuns.Gostei de re-ouvir suaves e doces canções dos inicios dos anos 90 sem ter o estigma de estar a recuar 20 anos e/ou parecer que estava numa daquelas festas “remenber the 80’s”.


Curiosidades
Os Massive Attack anunciaram recentemente a sua vinda a Portugal para dois concertos em 21 e 22 de Novembro.


link para site dos Massive Attack

video dos Massive Attack em "Unfinished Sympathy" ao vivo :

terça-feira, 2 de junho de 2009

pq diabo ha gajos q nao atendem as chamadas de anonimos?

pq diabo ha gajos q nao atendem as chamadas de anonimos?

NAO VAO ATENDER NA BASE DO QUE? AFINAL ESTAO COM MEDO DO QUE?

Provavelmente tu és uma destas pessoas. Provavelmente mesmo nao sendo uma destas pessoas, conheces alguem que perfilha deste ideal. São cada vez mais, não sei porquê, aqueles que olham para o display do telemovel e se a chamada não vem identificada, fazem questão de comentar em voz alta para que todos os que o rodeiam ouçam: "anonimo?!?! Quem será este agora? Se é anonimo, não atendo!"

Mas que diabo! Estes gajos pensam o quê? Porque é que adianta saber quem é, antes de atender? E no caso de gajos com idade por volta dos 35 ou mais, ainda me faz mais confusão. Como era no tempo dos telefones fixos sem display? Tambem nao atendiam? Com base no quê? Tinham uma bola de cristal ou quê?

Eu acho que este tipo de "anonimotelemovelfobiacos" sofre de falta de autoconfianca e tem medo de ser apanhados de surpresa por alguem...não interessa quem. Essa historia de ter de atender uma chamada sem saber à partida quem está do outro lado incomoda-os e deve ser tão constragedor para eles como se estivesse no wc com as calças em baixo e alguem entrar pelo cubiculo sem avisar.

Mais, e ainda mesmo assim, sabendo quem está a ligar ainda há aqueles que atendem com um: "tou? Quem fala?", "epá, és tu!?!?" - mas então se ele já sabia quem era???? como se afinal fosse uma grande surpresa! - Seus falsos!

E as chamadas que sendo identificadas por um numero em que quem atende não tem nenhum nome associado?? COMO É QUE É? Atendem!...vou lá eu perceber porquê. Mas então deviam atender assim: "olá 920045123! Estás bem?" sempre dá o tal ar de familiaridade, e não dá o aspecto de que foi apanhado desprevenido...não é?

Pois bem, para que fique claro, eu não sou dessa tribo! Deu para perceber! Portanto, podem ligar-me sempre em "anonimo" que eu atendo. Provavelmente atendo e com um: "estou?!? Olá anonimo! Que tal?"

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Personagens com que me cruzei na minha profissão(2): O Xitôco

Continuo hoje uma serie de posts com o titulo “Personagens com que me cruzei...” em que descrevo figuras, ou perfis, ou tipos de profissionais com os quais me cruzei e em que de alguma forma identifiquei tiques, manias, estilos ou historias divertidas.

O Xitôco era pequeno, resingão mas fiel e dedicado ao seu patrão, aos seus amigos, colaboradores e companheiros.

O Xitôco era o centro das atenções quando entrava na sala de reuniões, não porque fosse grande e elegante, aliás até pelo contrário, mas porque tinha o humor natural de quem tem a vida bem vivida, e de forma a procurar sempre o lado bom e divertido em todas as responsabilidades e tarefas.

Ele era directo ao assunto, quando alguem dizia que não, ele atirava-se a ele com unhas e dentes até obter o sim. Em suma, era teimoso que nem uma porta, mas eu acho que a malta porque ele era competente, fiel e divertido, até isso lhe perdoava.

O Xitôco adorava desporto...bem, acho que se pode chamar desporto às seguintes actividades que ele desempenhava com mestria e dedicação extrema:
-correr o minimo possivel
-fumar um bom charuto
-fazer uma boa refeição
-subir de elevador nem que fosse um unico piso

O Xitôco tinha sempre uma história divertida para contar sobre uma determinada situação profissional. Ele porpocionou-me momentos inesqueciveis de um profissional furioso com o Departamento de Informática, como nunca vi em mais lado nenhum...Era digno de se ver! Que cegada!!!

O que aprendi com o Xitôco?
Empenha-te sempre na tarefa que tens pela frente que vais conseguir fazer bem.
Se tens de levar na cabeça, que seja o mais cedo possivel pois não vale a pena esconder do Xitôco na esperança que ele te perdoe!

Disclaimer: qualquer semelhança entre estes personagens “ficticios” e a realidade é pura coincidencia (intencional ou não).

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Album da Semana (18MAio a 28 Maio) Interpol: Our Love to Admire (2007)

Continuo a série de sugestões semanais para audição sonora. Como tenho algum tempo de sobra, proponho-me que todas as semanas escolho um album musical, ouço-o até a exaustão durante a semana e depois escrevo aqui umas linhas sobre o dito cujo.

Esta semana, ouvi cuidadosamente e com satisfação o album Our Love to Admire dos Interpol, editado em 10 de Julho de 2007. Os Interpol são uma banda norte-Americana (EUA) oriunda de Nova-York que se formou em 1998. A banda é constituida por Paul Banks (vocais e guitarra), Daniel Kessler (guitarra), Carlos Dengler (guitarra baixo e keyboards) e Sam Fogarino (bateria e percussões). Os Interpol são uma das genuinas bandas com que se identifica o movimento independente (indie) da cena norte-americana.

Mas vamos ao Album. Este é o terceiro album da banda e é tambem o 1º para a major label multinacional Capital Records depois de terem lançado com tremendo sucesso no meio independente os seus anteriores albuns. Neste album mais do que nunca a influencia pos-punk que deu origem à banda está demais evidente. A sonoridade "à lá" Joy division é presença constante nos temas dos interpol e neste albun, essa influencia não passa despercebida. Talvez por esse mesmo motivo, e voces bem sabem a minha admiração pela obra de Joy division, esta banda está tambem na lista das minhas preferencias. E este album faz bem justiça a esse facto. Mas analiticamente a minha opinião quanto a esse rotulo, que digamos em boa verdade não é da minha autoria, tem muito que se diga. No meu entender o mais perto que os Interpol vão da sonoridade dos Joy Division é no que diz respeito eventualmente à composição e à letra dos seus temas. De resto, imaginem uma evolução dos JD mas sem a tendencia electronica e a depressão...e ai talvez tenhamos alguma afinidade, de resto independentemente disso os Interpol fazem boa música e pronto!

Alihamento:

lado A
1-"Pioneer to the Falls" – 5:41
2-"No I in Threesome" – 3:50
3-"The Scale" – 3:23
4-"The Heinrich Maneuver" – 3:28
5-"Mammoth" – 4:12
6-"Pace Is the Trick" – 4:36
7-"All Fired Up" – 3:35
8-"Rest My Chemistry" – 5:00
9-"Who Do You Think" – 3:12
10-"Wrecking Ball" – 4:33
11-"The Lighthouse" – 5:25

Minha faixa preferida:
"Who Do You Think"

Nota (escala de 1 a 10):
9

Breve Comentario:
Impossivel não gostar deste album, principalmente para os apreciadores dos Interpol. Os Interpol estão com toda a pujança e criatividade neste album em temas como "The Heinrich Maneuver" ou "Rest My Chemistry", experimentem e digam de vossa justiça.

Curiosidades:
Algures em Março de 2007, um album de nome Mammoth, atribuido aos Interpol, surgiu nas redes P2P para download. Contudo, esse album era na verdade uma copia renomeada de "Exit Decades", gravado pela banda sueca, Cut City. Devido a fortes similiaridades de som entre estas bandas, este "fake leak" tornou-se de tal forma convicente que chegou a convencer muitos dos fans.

link para site oficial dos Interpol.


Clip amador de "Who Do You Think".

sábado, 23 de maio de 2009

Personagens com que me cruzei na minha profissão(1): O Shrek

Inicio hoje uma serie de posts com o titulo “Personagens com que me cruzei...” em que irei descrever figuras, ou perfis, ou tipos de profissionais com os quais me cruzei e em que de alguma forma identifiquei tiques, manias, estilos ou historias divertidas.

Como o verdadeiro Shrek este tambem é alto e careca, mas não é verde! Por isso torna-se mais dificil de identificar...

O Shrek é um personagem com poder e usa-o da pior forma. O Shrek parece um personagem simpático e bom conversador, mas apenas conversa com quem quer e o que quer, e sempre em seu propósito pessoal.

O Shrek, quando a conversa de uma reunião seguia um rumo que não lhe interessava, passava insestantemente a mão grande e grossa pela cabeça, desde a careca até ao queixo...eu acho que ele pensava que com este gesto assustava-nos a nós os pobres coitados, mas na realidade só fazia figura ridicula e nós faziamos um esforço para não rir logo ali...as barrigadas de riso vinham quando saiamos da sala.

O Shrek usava o “poder “para as mais diversas actividades desportivas:
-para ir fazer vela enquanto decorria uma sessão orçamental
-para ir jogar golf enquanto o final do mês se avizinhava dificil
-para obter favores pessoais
-para obter amizades “coloridas”
(oups!, as duas últimas não são actividades desportivas...ok, mas ele praticava-as na mesma.)

O Shrek porporcionou-me um dos episódios mais curiosos do meio profissional, conseguiu chatear e massacrar continuamente o Xitôco com a celebre frase: “I’m I dreaming??” (Xitôco - um personagem que irá ser alvo do próximo post)

O que aprendi com o Shrek?:
O que não devo fazer quando tiver o “poder”.
O Shrek cheira mal e não é de confiar. Mas vai haver sempre um Shrek no teu percurso, por isso esquece-os, o problema é o cheiro, não sei ainda como evitá-lo!

Disclaimer: qualquer semelhança entre estes personagens “ficticios” e a realidade é pura coincidencia (intencional ou não).

terça-feira, 19 de maio de 2009

Album da Semana (9Maio a 18Maio) - Miles Davis: Ballads & Blues - edição The Blue Note

Continuo a série de sugestões semanais para audição sonora. Como tenho algum tempo de sobra, proponho-me que todas as semanas escolho um album musical, ouço-o até a exaustão durante a semana e depois escrevo aqui umas linhas sobre o dito cujo.

Esta semana, tive o prazer de a convinte de um grande amigo escutar uma verdadeira perola do JAZZ. Não só pelo que o nome de Miles Davis significa, mas tambem pelo facto de este verdadeiro amigo - um melomano de gostos diversos e meio duvidosos, alguns mais crediveis que outros (Não hà meio de eu o convencer a apreciar o que de melhor se faz no circuito do rock independente, e ele teima em consumir desmusuradamente tecno, house e outros quejandos electrónicos que me deixam a cabeça a parecer um melão depois de rebolar pela escada do quebra-costas) - este meu amigo, dizia eu, possuir um original do Miles Davis de 1959 em vinil: Kind of Blue. No dia seguinte pesquisei com cuidado a minha coleção de CD's da The Blue Note e lá encontrei alguns bons albuns de Miles Davis.

Ora depois de uma noitada a ouvir repetidamente o vinil em causa acompanhado de wiskey e cigarrilhas, optei por passar o resto da semana a escutar a colectanea Ballads & Blues.

Miles Davis nasce em 1926 em Ilinois e morre em 28 Setembro de 1991, deixando um legado musical único e incontronável para qualquer melómano. Miles Davies é um dos mais influentes musicos do seculo XX, trompetista mediano tecnicamente falando, foi no entanto um inovador e um autentico virtuoso na habilidade incomum de compor temas musicais que ficaram na historia da musica.


Mas vamos ao Album. Os registos apresentados nesta colectanea, foram retirados de umas das suas mais populares e famosas sessões decorridas nos estudios da Blue Note entre 1952 e 1954. Estes temas são talvez os temas mais "bebop" do conjunto de temas das sessões todas. Todos estes temas soam a progressivo e inovador...eu diria mesmo soa a intemporal, tal a qualidade na gravação e na interpretação. Estes temas resultam de várias sessões que contaram com Art Blankey, Cannonball Adderley, Horace Silver, J.J. Johnson, entre muitos outros virtuosos que acompanharam Miles Davis naqueles tempos.


Alihamento:

lado A
1- "I waited for you"
2- "Yesterdays"
3- "One for Daddy"
4- "Moon Dreams"
5- "How deep is the ocean"

lado B
6- "Wierdo"
7- "Enigma"
8- "It never entered my mind"
9- "Autumn leaves"

Minha faixa preferida:
"How deep is the ocean"

Nota (escala de 1 a 10):
8

Breve Comentario:
Este e qualquer album de Miles Davis é intemporal. Pode ser um album ou um tema de 1957 ou de 1990 que soa sempre a actual. Esta colectanea reune uma serie de temas de Miles Davies dos anos 50 que tornaram-se classicos e intemporais. Excelente para audição a meio som e meia luz.

Curiosidades:
Miles Davies apesar de origem negra provinha de uma familia abastada. O seu pai era dentista e a sua mãe uma eximia pianista. Os estudos musicais de Miles começaram aos treze anos, quando o seu pai lhe deu um trompete novo e contratou um trompetista local para lhe dar algumas aulas. Ao que parece, a escolha do seu pai pelo trompete, foi feita propositadamente para irritar a sua esposa, que não gostava do som do instrumento.

link para site oficial de Miles Davis.


Clip de Miles Davis "Round Midnight":

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O que quero ser quando for grande...

Um destes dias numa entrevista para emprego, em que tive o prazer de participar, o meu interlecutor questionou-me sobre "o que é que gostaria de fazer?". Mais tarde tambem me questionou sobre, "que funcao o fazia feliz?". Naquele momento, em sequencia da conversa, respondi a ambas as questões com a maior naturalidade. Qualquer coisa como: "...executar tarefas de responsabilidade em que coloque em prática os conhecimentos adquiridos, e que tenha oportunidade de criar e fazer entrega, preferencialmente balanceando com a minha vida familiar...".

Uma noite destas quando revia em memoria aquelas questões, num exercicio que frequentemente faço, i.e. tentar derivar outras questões a partir destas para me preparar para futuros cenarios, surgiu-me a resposta que gostaria de ter dado.

O que sou ou o que faço hoje, aconteceu mais por acaso do que de uma forma premeditada. Tenho muito orgulho do percurso que já percorri, gosto imenso do que faço/fiz porque sem ser premeditado, foi sempre resultado de opcoes, logo de entrega pessoal. Mas o mais importante, é que sou isto porque tambem não sou o que queria ser quando era criança... pois aqui está a verdadeira questão.

Vamos ao que realmente interessa, ”o que queria eu ser quando era crianca?”

Quando nasci não levei muito tempo a descobrir o que queria ser: Cantor de Opera. Na verdade, abria as goelas e gritava a bons pulmoes que nem um soprano...

Aos 2 anos, sem motivo para dúvidas descobri que queria ser o Bob o Demolidor. Não havia carrinho de brincar, ou construção de Lego do meu irmão mais velho que resistisse às minhas investidas. Mas uns quantos anos de “tapas” bem arreadas pelo irmão mais velho, resolveram essa minha tendencia.

Entre os 6 e os 9 anos, tive a brilhante ideia de querer vir a ser "Nada". Quando alguem da familia, em algum daqueles ajuntamentos familiares tipicos, me perguntava o que eu queria ser, depressa eu respondia, "NADA!"

Mais tarde aos 10 anos, já perto dos 11, queria muito ser Astronauta. Acho que todos os miúdos desta idade naquela época(anos 70) sonhavam com as transmissões das missões Apolo...bem pelo menos eu sonhava. Esta vontade de ser astronauta perdurou até muito tarde, altura em que já aos 13 percebi que não tinha “figados” para os testes de gravidade levados a cabo pela NASA, da pior forma: na feira decidi pedir aos meus pais para me oferecerem uma volta no Carrossel da Selva (lembram-se?). Montado numa girafa lá iniciei a volta de carrocel, porem quando a máquina adquiriu a velocidade máxima estonteante (talvez equivalente a uns 3G’s na liguistica aeronaútica), só me lembro de gritar que nem um louco e ao acabar a volta tinha vomitado o almoço de frango assado e sopa de feijão sobre uma girafa, um leão, 2 cavalos alados, e dois passageiros de uma “tina” giratória!

Ser miúdo de 14 anos no arranque dos anos 80, era o mesmo que dizer que, ou se queria ser jogador de futebol, ou então dado o facto se estar a atravessar uma das mais criativas décadas da música pop/rock, deveria ser Músico. Já que não tinha muito jeito para o futebol, inevitávelmente apaixonei-me pelo fascinio de vir a ser um proeminente músico. E vocalista imaginem! Juntava os miúdos mais novos do meu prédio e formava um grupo rock com guitarras feitas de vassoura, baterias feitas de baldes e o piano/orgão era a máquina de tricotar da vizinha de cima. Escusado será dizer que dadas as minhas caracteristicas vocais, era frequentemente corrido da escada do prédio(local de ensaio) pelas vizinhas (minha mãe incluido).


Aos 16 anos depois de várias incursões pouco sérias no Teatro, e no desporto (basquetebol e raguebi) resolvi que queria ser Radialista e juntei-me ao fenomeno das Radios-Piratas..., de “pirata” só tinha mesmo a rebeldia, pois para falar ao microfone nao tinha lá grande queda...

Mais tarde foi o que se viu, tentativa frustada de ser Arquitecto deu em licenciar-me em Matemáticas, que é como quem diz: “vamos lá ver no que isto dá!”