terça-feira, 30 de junho de 2009

Dia sete do jumpstart - a vergonha de ser desempregado...

Para alem deste blogue, a propósito do JumpStart, achei adequado criar um grupo de discussão na rede social profissional linkedin.com. Nesta rede social cada um dos registados podem deixar uma descrição do seu perfil profissional, pesquisar outros contactos profissional, estabelecer ligações com esses contatos e adicionalmente criar ou subscrever grupos de discussão onde poderão trocar comentários e ou noticias sobre determinados assuntos. Assim sendo criei o grupo JumpStart Alumni Network para os colegas se ligarem a este grupo e iniciar-mos um forum de reflexão e networking. Ao mesmo tempo fui estabelecendo ligações aos colegas e apreciando os seus perfis profissionais.

Cedo reparei que eu serei o único que na sua profissão actual a desempenhar actualizei para "quadro desempregado com experiencia em várias multinacionais à procura de oportunidade"...

Conheci em tempos alguem que me dizia: "se tú fores o único a caminhar na direção oposta para onde vão todos...desconfia de ti!"... , bem, eu não desconfio, mas pelo menos vou reflectir sobre este facto. Será a vergonha de estar desempregado? Será preguiça de actualizar o perfil no linkedin? Será uma forma de interpretação do perfil?...acho que a sociedade e em particular esta minha geração ainda não está preparada para assumir o desemprego. Doi! é um estado de vergonha social, é preferivel afirmar que estamos a preparar um negócio próprio do que assumir que estamos desempregados. Aliás, acho que quanto maior é o cargo que alguns de nós ja assumiu antes do desemprego maior é depois essa vergonha. É a vergonha do insucesso. É a vergonha da inútilidade...

E quem está preparado para assumir o desemprego e o insucesso? Li recentemente num jornal on-line que um português a viver em Nova Yorque e que antes da crise global terá sido quadro de uma das maiores empresas de investimentos bolsisitas nos EUA, confrontado com o despedimento terá recorrido à última das alternativas: Trabalhar como empregado no restaurante para clientes endinheirados e que antes frequentara como cliente inúmeras vezes.

O que leva este Português que ganhara nos últimos anos ordenados significativos como quadro superior de wall street a aceitar um emprego “menor” e a arregaçar as mangas para procurar trabalho nem que fosse naquele restaurante? A vergonha de estar desempregado não foi de certeza. As contas para pagar? Talvez, mas desconfio que terá sido a tenacidade e coragem de começar de novo se for necessário...

Melhores/Piores momentos:
1- A aula de Marketing de hoje foi rica em casos de estudo e anúncios premiados: A emoção esteve ao rubro.

2- O ar condicionado da sala de aulas depois de almoço deve ter avariado pois o calor ficou insuportável.


Nota Relevante:
A hora de almoço já é mais barulhenta que o normal...alguem comentou: “nem parece um almoço de desempregados, que alegria!”

Dificuldades:
Recebemos mais uns casos de estudo para ler em casa. Os TPC’s começam a sobrecarregar.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Dia seis do jumpstart - Quem disse "I don´t like mondays"?

Durante o fim de semana depois de uma troca de emails bem humorados entre os alunos do JumpStart, recebo finalmente um email de uma colega de grupo para o trabalho de business plan. A Carla, iniciava mais ou menos assim o email: "só agora envio os documentos que combinamos, desculpem mas desde à sete meses, este é um fim de semana que realmente sabe a tal e assim não perdi a oportunidade de o gozar...", eu acresentaria:e soube bem como nunca.

Nunca fui daqueles a quem fazia muita confusão trabalhar um fim de semana, ou dar umas horas do sábado para acabar um relatório, ou ir ao escritório para assegurar alguma alteração ao layout. Os fim de semana eram e serão sempre obviamente uma oportunidade para estar em familia e amigos e retemperar forças, para mais uma semana de trabalho, mas quando era preciso, tambem sei tirar prazer do facto de ter de trabalhar ao fim de semana.

O.K., confesso que depois de uma semana de trabalho o fim de semana é “sagrado”, mas durante estes 6 meses de desemprego, os fim de semana não tinham sabor... ora faltava o cansaço fisico - experimentei correr todos os dias para chegar ao fim de semana cansado e não resultou -, ora faltava cansaço mental - experimentei ler todos os dias e tambem não resultou -, ora faltava sentir a ansiedade do fim de semana - experimentei planear coisas espetaculares para o fim de semana e tambem não resultou.

No fim de semana sentia sempre um vazio, o vazio de me sentir menos útil, o vazio de ser apenas mais um dia a seguir ao outro...valia ao menos o facto de ter uma familia grande que minimizava esse vazio. Agora finalmente voltei a sentir o fim de semana igual aos verdadeiros fins de semana.

13h - Almoço no “Palacete” do Nova Forum
À mesa discutimos os projecos que vamos apresentar para o nosso trabalho de grupo. Eu pergunto aos companheiros de mesa se estão genuinamente a pensar criar um projecto que vão aproveitar para avançar numa abordagem de empreendorismo. A ideia é vaga, o que me leva a perguntar se têm a mesma percepção que eu, que é a de que a maioria dos colegas assume que poderá a vir constituir uma empresa como resultado deste curso, mas genuinamente acho que todos tem essa ideia ainda muito remota lá na prateleira mais alta do cerebro.

Acabo por deixar no ar a questão: vamos montar uma empresa porque temos uma ideia brilhante em que acreditamos e temos muita força de a levar em frente ou porque estamos à “rasca”, sem objectivos na vida e esta é uma forma de dar razão aos dias? Ou porque simplesmente temos de arranjar maneira de gerar entrada de dinheiro nos orçamentos familiares para equilibrar as contas?

Depois de almoço continuamos até às 16:30 com a aula de Contabilidade Financeira, depois é altura de apresentar-mos os nossos projectos de criação de empresa.

Caros leitores, se tinha duvidas à hora de almoço quanto à crença em cada um dos meus colegas criar a sua empresa, agora desfiz essas dúvidas. Todos os 8 grupos, 40 alunos, nas suas apresentações em cada um dos minutos, colocaram ali toda a energia e entusiasmo na defesa da “sua” ideia, do ”seu” projecto, ...do seu futuro. E não era por serem profissionais experimentados, não era por não terem nada de melhor para fazer...era porque acreditavam no que estavam a apresentar, em cada palavra...

Melhores/Piores momentos:
1-Grande dissertação a jeito de palestra, em boa parte da aula, sobre o fenómeno da crise e a polémica dos mercados financeiros. Todos saimos a perceber bem melhor esta realidade.

2-A chegada à Nova Forum às 9:30 é feita debaixo de uma forte chuva...

Nota Relevante:
Parece que a entrevista do colega na sexta feira correu bem, todos torcemos para que ele tenha sucesso!

Dificuldades:
O tempo começa a ser escasso para tantas horas seguidas de tanta e boa matéria e ainda “fora de horas” trabalhar no nosso projecto.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Dia 5 do JumpStart - um mar de tormentas?

Sabem a única coisa que me tem custado neste curso do JumpStart? A viagem de barco entre o Barreiro e o Terreiro do Paço. Bonita alegoria, não é? Como se tratasse de uma viagem do cidadão comum até aos poderes de decisão no Terreiro do Paço.

Ainda não vos tinha contado mas andar de barco é das piores coisas com que posso ser confrontado. E não, não é por causa do medo do mar. Tambem não é por causa de especificamente o barco em causa ser um transporte público. É que eu enjoo como o diabo! Seja num transatlântico a atravessar um oceano, seja num calmo veleiro no estuário do Tejo, seja um barco de brincar numa poça qualquer...é só ver uma coisa que flutua em ambiente liquido e fico logo com as entranhas às voltas, os olhos na barriga, as orelhas no topo da cabeça e o cabelo no céu da boca...

Assim sendo as viagem ao inicio do dia e ao final do dia, no barco que atravessa o tejo, para mim nada tem de poético...nem com o sol esplenderoso, nem com chuva. Vale de recompensa assim que ponho os pés em terra firme e chego ao curso. Parece que ali me sinto de novo seguro, mal chego fico logo a sentir uma atmosfera reconfortante e agradável.

Pensava eu que sofria com a travessia do rio e que era penoso, quando tomo conhecimento de colegas que vêm de Abrantes ou das Caldas todos os dias para o JumpStart, e que chegam com um sorriso nos lábios. Devem vir por gosto!

Melhores/Piores momentos:
1-Um dos colegas sai a meio da tarde. Ele veio de fato e gravata e sabiamos que ele tinha de sair para ir a uma entrevista de emprego. Quase imediatamente todos se calam e ao mesmo tempo batem palmas para alimentar a sua auto-estima e gritam em uníssono: “ Boa Sorte”!

2-Não houve um único aluno que não se sentisse compelido a dar uma palavra de satisfação e apreço pelos dois dias entusiasmantes em que vivemos uma experiência única nestas duas sessões de “Selling Skills”. No final da sessão, quando me desloco até ao Professor para o cumprimentar e expressar o meu apreço pelas sessões reparo que se forma uma fila para fazer o mesmo...o sentimento foi geral!


Nota Relevante:
Referencia na aula a Mark Twain: “Para quem só tem um martelo como ferramenta, todos os problemas parecem pregos.”

Dificuldades:
Assegurar o silencio! “o silencio é de ouro” – confesso que tenho dificuldades em usar o silêncio em meu favor  - uma observação que apresenta duas técnicas aprendidas hoje – desculpem mais uma vez aqueles que não estiveram nas aulas, esses não perceberão completamente o sentido desta observação.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dia Quatro do jumpstart – parece que esteve aqui um quebra-gelo!

O dia começou da melhor maneira, apesar da chuva miudinha matinal que incomoda quem se desloca de transportes públicos, mas permite a quem vai de carro para o trabalho afirmar com o peito cheio e inchado de sabedoria: "..chuva civil que não molha militar" - sim eu tambem o dizia quando ia no conforto do carro de serviço...antes de ser desempregado. Agora acho que vejo as coisas por várias perspectivas.

E o dia começou da melhor maneira porque mal estava a sair de casa recebo uma chamada telefónica de um ex-colega profissional: "Então Rui, tenho acompanhado o teu blogue. Muito bem. Folgo saber que estás activo e entusiamado." - na verdade até me surpreende, bem sei que ele e eu tinhamos boa empatia mas mal eu fui despedido ele tambem saiu da empresa - mas por outros motivos (lá está a descapitalizacao de recursos) e tem andando muito atarefado com novos projectos, formação e viagens de trabalho no seu novo emprego. Como é que ele tem ainda tempo para se preocupar com um ex-colega que deixou de ver assiduamente? Estes são os gestos que nos fazem descobrir onde estão bons amigos. Aliás, recentemente tenho recebido alguns telefonemas e emails de colegas que me vão dando palavras de entusiasmo, mas sem miserabelismo, e discutem comigo possibilidades de colocação do meu CV, aqui e acolá.

A propósito de amigos, as inibições iniciais naturais entre os alunos do jumpStart comecam a esbater-se. Óbviamente que com o tempo isso acontece de forma natural, mas neste caso acho que é muito porque o ambiente porporcionado e criado com este grupo é extraordinário. Começamos a aproximar-nos uns dos outros sem receios, identificamos pontos em comum, referencias profissionais, passamos já até ao confronto de ideias e trocas de experiências. Tudo isto num tempo recorde: em apenas quatro dias.

Depois de perceber os básicos - de onde és? qual a tua última empresa? - rápidamente passámos à fase em que emails são trocados, procuramos amigos comuns, preocupamos-nos uns com os outros - "Então, foste a entrevistas? Correram bem?” - Pedimos boleias uns aos outros, etc

Querem que vos diga? Estou a ver que daqui a 4 semanas vão sair seguramente uns pares de amigos e quem sabe futuros sócios de Star-Up’s, ou pelo menos um grupo com fortes ligações profissionais. Parece que mais do que as matérias, este projecto/curso ao juntar estes profissionais em condições particulares, está de forma não intencional a fomentar conceitos de equipa, mais fortes do que esperava!

O dia de hoje foi totalmente dedicado ao tema de “Selling Skills”, mas aviso já, esqueçam tudo o que julgavam saber sobre este tema. A nossa mente levava fortes “pré-conceitos” sobre este assunto e saiu de lá ao final do dia com um “filtro” completamente novo...e amanhã continua. (Nota do autor: “pré-conceitos” e “filtro” são claras alusões a conceitos explicados na aula, desculpem se só os que tiveram nas aulas percebem esta frase)

Melhores/Piores momentos:
1- A alegoria da Maratona – especialmente para mim que sou um praticante de atletismo de fundo!

2-Tal a dedicação de docente e alunos, que assumimos a táctica de nos levantarmos e dar movimento aos musculos sem sair da aula só para vencer cansaço fisico provocado por uma aula de 8 horas consecutivas.

Nota Relevante:
O nosso pais é efectivamente uma sociedade de conflitos ao invés de uma sociedade de confronto.

Dificuldades:
Assumir que tudo o que ali foi dito é verdade e reconhecer em nós próprios muitas daquelas caracteristicas.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Terceiro dia do JumpStart, ou mas onde diabo está a crise?

7:30 - Acordo com as noticias na radio que o Ikea e a Stamples planeiam uma reestruturacao e consequente onda de despedimentos mas parece que não afectará ninguem em Portugal, tambem ouço que os portugueses consomem mais nos hipermercados, sobretudo das chamadas "marcas brancas". Conclui o jornalista que "parece que os portugueses deixaram de ir aos restaurantes e compram mais para consumir em casa.

Estas noticias levantaram-me as seguintes questões
1- se os despedimentos do Ikea e da Stamples nao afectará ninguem em Portugal, então porque estamos preocupados com o aumento de desempregados em Portugal?

2- os Portugueses compram mais nos hipermercados sobretudo as marcas brancas que são já 33% das vendas. Segundo uma marketeer do ramo do consumo que conheço, as marcas brancas tem vindo a aumentar o preço de forma significativa nos últimos tempos, chegando mesmo a atingir preços mais elevados que os equivalentes produtos de marca. Consequentemente a conta fica enganadoramente mais cara. A ser verdade quem ganha e quem perde?

3- Chego à Nova Forum depois de mais uma odisseia nos transportes e comprovo que nós, os desempregados do curso, - vou ser linchado...- maioritáriamente vamos de transporte proprio. Desempregados que se deslocam diáriamente de viatura própria num contexto de crise?

Hum...!?! acho que ou a crise é uma falácia ou nós os portugueses sempre soubemos levar estas coisas da crise de uma forma bem calma e com naturalidade. Acredito mais na segunda opção,... lá está a nossa habilidade para o nacional-desenrascanso!!!!

11:00h - Em conversa com os colegas troco algumas destas noções e a ideia é mais ou menos geral..."mas nós Portugueses sempre soubemos gerir bem a nossa crise quase permanente." - talvez essa seja então uma vantagem competitiva fase aos outros paises que só agora tiveram de lidar com a actual crise. Mais, esta deve ser tambem a razão porque reina um optimismo entre este grupo de desempregados. Qual Fado, qual quê? A malta quer é aprender, solidificar conhecimentos para agarrar depressa a próxima oportunidade, seja em em formato de emprego ou de Start Up...e se der para ter gozo nisso, melhor! - ainda não ouvi ninguem queixar-se do triste destino, nem da chatice que é ter perdido o emprego... Bem, para contrariar já ouvi umas anedotas bem divertidas e é comum ouvir umas gargalhadas soltas de vez em quando.

A aula da manhã de hoje veio a proposito, "Financiamento e Lançamento de novos projectos" - vai um distanciamento muito grande entre os passos do modelo para lancar novos projectos (empresas ou produtos) nos grandes paises capitalistas e o que se passa por cá. Nós somos mais ao estilo do desenrascanso! Mas ao menos quem passar pelo Jumpstart, leva informação suficiente para avançar com "pés e cabeça" e um sorriso de optimismo, não fosse a aula uma divertida e alegre experiência.

Melhores/Piores momentos:
1-O alunos estão cada vez mais “soltos”, até já hà quem contraponha veementemente de forma positiva as opiniões dos docentes. “Professor, olhe que não! Olhe que na industria livreira o stock é apenas 30% do volume de negocio.” - diz alguem!! Temos ali muita matéria prima, e estamos a revelar-nos!!

2-O Professor, devido à sua forma apaixonada de leccionar, fala rapidamente explicando ou dissertando sobre os temas,...ainda antes de tomar um cafe cheguei a falhar algumas frases, mas a mensagem ficou toda.

Nota Relevante:
Mais um professor novo, e mais uma surpreendente surpesa. È opinião geral! Cada novo docente é mais surpreendente que o anterior...onde irá isto dar?

Dificuldades:
O Professor da disciplina de Contabilidade Financeira à tarde, decidiu colocar à prova a nossa capacidade e resistencia. Desde as 14h até às 17h, não houve espaço para 15m de intervalo. Foi duro e a matéria impunha essa necessidade. Mas ninguem disse que o curso era para ser facil, pois não?!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Segundo dia do curso Jumpstart...

-9h no metro a caminho do Nova Forum

Acordo com facilidade às 7:25. A manhã está mais fresca que o habitual e o facto de ter um objectivo em cada dia faz com que a corrida diária de 10km seja dispensável.
Durante estes dias de desemprego tenho mantido uma rotina para colocar um objectivo para cada dia, (acordar cedo, levar criancas ao colegio, corrida matinal pelo parque, duche, peq. almoco, leitura das noticias on-line, etc,etc... ) - A ausencia do stress profissional foi talvez o maior choque com que tive de lidar nestes meses de desemprego. Mas agora sinto novamente "o sangue na guelra"...

Com facilidade apanho os transportes públicos que me conduzem até às instalações da Nova Forum, onde decorre o curso Jumpstart... A vontade de lá chegar é tanta e a forte motivação faz com que as atribulações nos transportes públicos sejam males que passam despercebidos.

O stress adicional hoje prende-se com a necessidasde de conjugar compromissos pessoais com o compromisso de frequentar as aulas do curso... Antes, com os dias inteiramente vagos, dispunha do tempo a meu belo prazer, contudo agora no Jumpstart com a responsabilidade de ter de atingir os 85% de frequencia do curso e com o facto adicional de termos de assinar as folhas de presença durante as primeiras meias horas do inicio das aulas nos períodos da manhã e da tarde, gerir o tempo diário para outras tarefas pessoais torna-se mais difícil.

Haverá quem pergunte,"..mas e quando trabalhavas?" – bem, o estatuto de quem trabalhava na Companhia à mais de 10 anos e o cargo de chefia, permitia-me gerir os horários de acordo com alguma necessidade pessoal...agora temos um cenário diferente.

Hoje vou ter de encontrar uma solução para ir ao consultório médico levantar uma requisição para um exame e fazer o dito exame ao final do dia...veremos como irei gerir esse facto sem falhar a assinaturas de presencas e as aulas. O objectivo é aprender nas aulas e atingir 85% de presenças...

21h:00
Objectivo cumprido! Consegui assinar as folhas de presenca, assistir às aulas, levantar a requisição medica e ir fazer o exame médico...que bom é voltar ao stresse!!! – não me perguntem como consegui, é que 17 anos de experiencia profissional tem estas vantagem e experiencia para improvisar e resolver estes “pequenos” problemas 

Vamos às aulas de hoje. Continuo siderado. Hoje tivemos 6 horas de “Comunicação” e 2 horas na primeira sessão de Work Group onde iremos construir um business plan até ao final do curso. Uma vez mais, a qualidade dos docentes continua a surpreender-me.

Melhores/Piores momentos:
1-Momentos altos porporcionados pela brilhante interpretação do professor no papel de um “louco”.

2-Por volta das 15h tive uma tremenda guerra contra a “cobra” que se enrolava e quase me fazia entrar em mode “sleep” – pese obstante a capacidade do professor em prender a atenção.

Nota Relevante:
Os recentes acontimentos económicos e políticos, continuam a enriquecer as aulas e a dar “matéria” acrescida para algumas dissertações, saidas humoristicas e paralelismos.

Avaliação da Aula(entre 1 -mau e 10 -excelente)
7

Dificuldades:
Tal o entusiasmo na aula de “comunicação” que não cheguei a tomar notas...mas tenho a certeza que os temas ficaram bem colados no cerebelo...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Primeiro dia de aulas do JumpStart.

Mal chego, registo a minha presença e a responsável de comunicacao da Nova Forum, chama-me à parte - dada a minha propensão para o azar pensei logo ”será que fiz alguma asneira?”- Então contam-me que a revista Visão tem preparada a visita de uma equipa de jornalistas e que alem disso pretendem "recrutar" um blogger. Dadas as circuntancias de eu ter alguma experiencia com esses canais de comunicação, propõem convidar-me para a dita função ... GLUP!!!! - Bem, eu fiz um blog pessoal sobre a minha experiencia de estar desempregado (http://blogdeumdesempregado.blogspot.com/ ), eu fiz um grupo de discussão no Linkedin para os alunos do Jumpstart, i.e mantenho-me bastante activo nas redes sociais para obter a oportunidade de uma entrevista profissional, mas confesso que ser blogger para a Visão!!!... - e agora? "Tenho de ter cuidado com a escrita em Portugues", foi logo o que me veio à cabeça – Panico!

O primeiro dia:
Medo, nervosismo, ansiedade...dúvidas. Foram estes os sentimentos que experimentei nesta primeira sessão.

Fascinio:
De tudo o que já tinha experimentado de docentes e formadores, o professor da sessão de hoje impressionou-me. Fiquei fascinado...pelo discurso, a experiencia, o saber...anos luz dos académicos com que me cruzei, fascinante pela paixão com que lida com as materias, superior aos formadores com que alguma vez me cruzei. Mas não se pense que este texto serve para dar graxa...por lado achei intimidador - que o digam alguns colegas que se calaram na hora de levantar dúvidas ou os que foram confrontados com um:"quem disse?"

Melhores/Piores momentos:
1-A alegoria do espelho retrovisor...para esplicar o uso da contabilidade como perspectiva histórica da empresa.

2-Oups!!! mandei umas bocas (observacoes) erradas...

3-O exercicio...medo...há quem queira cobrar-me responsabilidades matemáticas.

Nota Relevante:
O enquadramento económico fertil actual permite análises e paralelismos bem dispostos, interessantes e motivadores. Eis que ouvimos uma valente dissertação sobre os recentes acontimentos económicos e políticos.

Avaliacao da Aula(entre 1 -mau e 10 -excelente)
8

Dificuldades: Digerir tanta e boa quantidade de informação em tempo ùtil.

Nota: estes textos poderam ser lidos agora tambem no site da revista Visão a partir de 5ª feira dia dia 25 de Junho

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Não podia deixar de celebrar...vou frequentar o curso da Univ.Nova: Jumpstart!

Não podia deixar de celebrar...

Estou entre os 40 que vão poder frequentar o curso da Faculdade de Economia da Univ. Nova,levado a cabo pela Nova Forum. Este curso vem de forma original e oportuna "dar a mão" a 40 executivos ou pelo menos, a 40 Quadros que dadas as circunstancias e as condicionantes do mercado, se encontram desempregados.

A ideia pareceu-me brilhante, a estrutura soberba, então não pude de deixar de me candidatar. No próprio dia em que li no Jornal Expresso uma reportagem sobre a iniciativa, iniciei uma verdadeira batalha de persistencia até conseguir submeter a minha candidatura. Persistencia porque após a leitura da entrevista, nem no site da Nova Forum, nem da Univ.Nova, nem das empresas patrocinadoras encontrei informação, nem formularios de candidatura....mas insisti e nas primeiras horas de 2ª feira tinha a minha candidatura submetida!!

Uma semana depois foi-me comunicado que tinha sido escolhido para fazer parte do curso...Alviseras!!! Mais tarde recebi o programa, horário e lista de docentes e compreendi que as minhas expectativas não foram defraldadas...O programa parece-me brilhante.

Dia 18, ontem! Decorreu a cerimónia de apresentação e lá fui eu. Expectante e nervoso porque o calor era abrazador logo pela manhã... Na noite anterior planeei com cautela a melhor forma de me deslocar até lá. De Carro, pareceu-me mais cômodo, mas corria o risco de apanhar muito trânsito na Ponte e não conseguir chegar a a horas o que me pareceu logo um mau indicador. Por isso planeei a melhor opção para ir de transportes públicos. De Barco e de seguida de metro, ou de Comboio e depois metro. Pareceu-me que o Barco seria mais conveniente e assim fiz.

Mas como alguem uma vez mencionou, se alguma coisa errada tem de acontecer, vai mesmo acontecer, e fui apanhado de surpresa quando descubro pela pior forma, que a estação de metro mais proximas, São Sebastião, estará fechada para obras. Por sorte tinha algum tempo de sobra que me permitiu sair na Praça de Espanha e fazer o percurso até à Marquês da Fronteira, sob um sol abrasador em tempo útil para chegar a tempo à sessão.( a tempo, mas encharcado em suor!)

NOTA: As proximas quatro semanas irei aqui deixar diariamente o testemunho da minha experiencia neste curso.

Artigo sobre este curso na newsletter da Nova Forum.

Site da Nova Forum.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Porque diabo passam as gajas tanto tempo ao telemóvel??

Finalmente julgo que compreendi!! Agora que me desmembro em multiplos contactos uso mais o telemóvel para agarrar uma oportunidade de emprego. Agora que ando muito mais de transportes publicos, assisto/ouço, mais gajas ao telefone. E acho que percebi tudo.

Conversa tipica de um gajo a fazer uma chamada(telemovel):
"Olá! sou eu o Rui! Estou a ligar para saber afinal se amanhã almocamos?, ok, então até amanhã às 12:30 no Chiado. Sim! à saida do metro. Tchau!"
- Tempo de chamada = um minuto.

Conversa tipica de uma gaja a fazer uma chamada(telemovel):
"Olá! Adivinha quem fala Ana?...não!...não! Sou eu parva! A Joana!... Onde estás?..o quê? Não me digas que foste ao cabeleireiro? Mas estavas com um cabelo girissimo!!!...hum,hum..pois. Mas foste onde? O QUÊ? Mas esse gajo faz uns penteados horriveis!...olha deixa que eu marco no meu cabeleireiro e vamos as duas para a semana ao meu...sais de lá espectacular!...hum,hum...olha, sabes da última vez que lá fui, foi para ir à festa do João,..sim parva! O João Dias!!...está bem...nessa altura ainda andava com ele,...hum,hum,...e levei um vestido lindo que tinha comprado nos saldos da Desigual! ...baratissimo!!!...50% desconto foi um achado!....hum,hum...bem foi nessa noite que acabamos,mas o que importa isso,...sim!...bem falamos então mais logo, depois de eu marcar o cabeleireiro. Adeus querida. Beijinhos!"
- Ela desliga e de imediato pensa para os seus botoes:
"ora bolas, não confirmei com a Ana se sempre almocamos amanhã. Tenho de lhe ligar outra vez."

Tempo de chamada = interminavel....

NOTA: bem sei que esta cronicaparece do mais puro machismo...mas tive dificuldades em passar para texto outra realidade..desculpem as senhoras!

Sketch do Fogo Posto! Especial Natal. Para que serve o telemovel par aos homens??? Escrito por José de Pina. Realizado por Filipe Homem Fonseca/José de PIna. Interpretado por Sandra Figueiredo e José de Pina:

domingo, 7 de junho de 2009

já que estamos numa de eleições...vota no meu survey!

Já que estamos numa de eleições, votem no meu survey no linkedin:

http://polls.linkedin.com/p/41507/pcgdl

sábado, 6 de junho de 2009

Album da Semana (28Mai a 6Jun) - Blue Lines dos Massive Attack

Continuo a série de sugestões semanais para audição sonora. Como tenho algum tempo de sobra, proponho-me que todas as semanas escolho um album musical, ouço-o até a exaustão durante a semana e depois escrevo aqui umas linhas sobre o dito cujo.

A propósito da morte do produtor Jonny Dollar, vitima de um cancro aos 45 anos, lembrei-me de ir buscar ao bau um velhinho mas optimo album dos Massive Attack: Blue Lines do qual ele foi o produtor. Os Massive nasceram em 1988 na cidade de Bristol e de imediato foram rotulados com um som ao estilo “trip hop”. A banda é constituida por 3D" (Robert Del Naja) e "Daddy G" (Grant Marshall), tendo ainda contado inicialmente com Andrew Vowles (Mushroom).

Mas vamos ao Album. O album Blue Lines teve a luz do dia em 8 de Abril de 1991 e é o primeiro da serie de quatro albuns da banda. Para muitos este album foi o inicio do estilo “trip hop” que resultou na fusão de vários estilos, desde musica electronica, hip hop vindo dos USA, a “dub music”, '70s, soul music e reggae. Foi com este album que se convencionou os Massive Attack como os fundadores do “trip hop Bristol sound”. Neste album os Massive Attack abordam o movimento “hip hop” norte-americano numa prespectiva Britanica “underground”.


Alihamento:
1- "Safe from Harm"
2- "One Love"
3- "Blue Lines"
4- "Be Thankful for What You've Got"
5- "Five Man Army"
6- "Unfinished Sympathy"
7- "Daydreaming"
8- "Lately"
9- "Hymn of the Big Wheel"



Minha faixa preferida:
"Unfinished Sympathy"


Nota (escala de 1 a 10):
6

Breve Comentario:
Este album teve o seu tempo. Quanto mais não seja porque defeniu um estilo muito próprio e introduziu, pelo menos nos meus gostos, o suave swig do “trip hop”. Só por isso merece um lugar na historia da música, mas convenhamos que os Massive tem mais e melhores albuns.Gostei de re-ouvir suaves e doces canções dos inicios dos anos 90 sem ter o estigma de estar a recuar 20 anos e/ou parecer que estava numa daquelas festas “remenber the 80’s”.


Curiosidades
Os Massive Attack anunciaram recentemente a sua vinda a Portugal para dois concertos em 21 e 22 de Novembro.


link para site dos Massive Attack

video dos Massive Attack em "Unfinished Sympathy" ao vivo :

terça-feira, 2 de junho de 2009

pq diabo ha gajos q nao atendem as chamadas de anonimos?

pq diabo ha gajos q nao atendem as chamadas de anonimos?

NAO VAO ATENDER NA BASE DO QUE? AFINAL ESTAO COM MEDO DO QUE?

Provavelmente tu és uma destas pessoas. Provavelmente mesmo nao sendo uma destas pessoas, conheces alguem que perfilha deste ideal. São cada vez mais, não sei porquê, aqueles que olham para o display do telemovel e se a chamada não vem identificada, fazem questão de comentar em voz alta para que todos os que o rodeiam ouçam: "anonimo?!?! Quem será este agora? Se é anonimo, não atendo!"

Mas que diabo! Estes gajos pensam o quê? Porque é que adianta saber quem é, antes de atender? E no caso de gajos com idade por volta dos 35 ou mais, ainda me faz mais confusão. Como era no tempo dos telefones fixos sem display? Tambem nao atendiam? Com base no quê? Tinham uma bola de cristal ou quê?

Eu acho que este tipo de "anonimotelemovelfobiacos" sofre de falta de autoconfianca e tem medo de ser apanhados de surpresa por alguem...não interessa quem. Essa historia de ter de atender uma chamada sem saber à partida quem está do outro lado incomoda-os e deve ser tão constragedor para eles como se estivesse no wc com as calças em baixo e alguem entrar pelo cubiculo sem avisar.

Mais, e ainda mesmo assim, sabendo quem está a ligar ainda há aqueles que atendem com um: "tou? Quem fala?", "epá, és tu!?!?" - mas então se ele já sabia quem era???? como se afinal fosse uma grande surpresa! - Seus falsos!

E as chamadas que sendo identificadas por um numero em que quem atende não tem nenhum nome associado?? COMO É QUE É? Atendem!...vou lá eu perceber porquê. Mas então deviam atender assim: "olá 920045123! Estás bem?" sempre dá o tal ar de familiaridade, e não dá o aspecto de que foi apanhado desprevenido...não é?

Pois bem, para que fique claro, eu não sou dessa tribo! Deu para perceber! Portanto, podem ligar-me sempre em "anonimo" que eu atendo. Provavelmente atendo e com um: "estou?!? Olá anonimo! Que tal?"

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Personagens com que me cruzei na minha profissão(2): O Xitôco

Continuo hoje uma serie de posts com o titulo “Personagens com que me cruzei...” em que descrevo figuras, ou perfis, ou tipos de profissionais com os quais me cruzei e em que de alguma forma identifiquei tiques, manias, estilos ou historias divertidas.

O Xitôco era pequeno, resingão mas fiel e dedicado ao seu patrão, aos seus amigos, colaboradores e companheiros.

O Xitôco era o centro das atenções quando entrava na sala de reuniões, não porque fosse grande e elegante, aliás até pelo contrário, mas porque tinha o humor natural de quem tem a vida bem vivida, e de forma a procurar sempre o lado bom e divertido em todas as responsabilidades e tarefas.

Ele era directo ao assunto, quando alguem dizia que não, ele atirava-se a ele com unhas e dentes até obter o sim. Em suma, era teimoso que nem uma porta, mas eu acho que a malta porque ele era competente, fiel e divertido, até isso lhe perdoava.

O Xitôco adorava desporto...bem, acho que se pode chamar desporto às seguintes actividades que ele desempenhava com mestria e dedicação extrema:
-correr o minimo possivel
-fumar um bom charuto
-fazer uma boa refeição
-subir de elevador nem que fosse um unico piso

O Xitôco tinha sempre uma história divertida para contar sobre uma determinada situação profissional. Ele porpocionou-me momentos inesqueciveis de um profissional furioso com o Departamento de Informática, como nunca vi em mais lado nenhum...Era digno de se ver! Que cegada!!!

O que aprendi com o Xitôco?
Empenha-te sempre na tarefa que tens pela frente que vais conseguir fazer bem.
Se tens de levar na cabeça, que seja o mais cedo possivel pois não vale a pena esconder do Xitôco na esperança que ele te perdoe!

Disclaimer: qualquer semelhança entre estes personagens “ficticios” e a realidade é pura coincidencia (intencional ou não).