segunda-feira, 29 de junho de 2009

Dia seis do jumpstart - Quem disse "I don´t like mondays"?

Durante o fim de semana depois de uma troca de emails bem humorados entre os alunos do JumpStart, recebo finalmente um email de uma colega de grupo para o trabalho de business plan. A Carla, iniciava mais ou menos assim o email: "só agora envio os documentos que combinamos, desculpem mas desde à sete meses, este é um fim de semana que realmente sabe a tal e assim não perdi a oportunidade de o gozar...", eu acresentaria:e soube bem como nunca.

Nunca fui daqueles a quem fazia muita confusão trabalhar um fim de semana, ou dar umas horas do sábado para acabar um relatório, ou ir ao escritório para assegurar alguma alteração ao layout. Os fim de semana eram e serão sempre obviamente uma oportunidade para estar em familia e amigos e retemperar forças, para mais uma semana de trabalho, mas quando era preciso, tambem sei tirar prazer do facto de ter de trabalhar ao fim de semana.

O.K., confesso que depois de uma semana de trabalho o fim de semana é “sagrado”, mas durante estes 6 meses de desemprego, os fim de semana não tinham sabor... ora faltava o cansaço fisico - experimentei correr todos os dias para chegar ao fim de semana cansado e não resultou -, ora faltava cansaço mental - experimentei ler todos os dias e tambem não resultou -, ora faltava sentir a ansiedade do fim de semana - experimentei planear coisas espetaculares para o fim de semana e tambem não resultou.

No fim de semana sentia sempre um vazio, o vazio de me sentir menos útil, o vazio de ser apenas mais um dia a seguir ao outro...valia ao menos o facto de ter uma familia grande que minimizava esse vazio. Agora finalmente voltei a sentir o fim de semana igual aos verdadeiros fins de semana.

13h - Almoço no “Palacete” do Nova Forum
À mesa discutimos os projecos que vamos apresentar para o nosso trabalho de grupo. Eu pergunto aos companheiros de mesa se estão genuinamente a pensar criar um projecto que vão aproveitar para avançar numa abordagem de empreendorismo. A ideia é vaga, o que me leva a perguntar se têm a mesma percepção que eu, que é a de que a maioria dos colegas assume que poderá a vir constituir uma empresa como resultado deste curso, mas genuinamente acho que todos tem essa ideia ainda muito remota lá na prateleira mais alta do cerebro.

Acabo por deixar no ar a questão: vamos montar uma empresa porque temos uma ideia brilhante em que acreditamos e temos muita força de a levar em frente ou porque estamos à “rasca”, sem objectivos na vida e esta é uma forma de dar razão aos dias? Ou porque simplesmente temos de arranjar maneira de gerar entrada de dinheiro nos orçamentos familiares para equilibrar as contas?

Depois de almoço continuamos até às 16:30 com a aula de Contabilidade Financeira, depois é altura de apresentar-mos os nossos projectos de criação de empresa.

Caros leitores, se tinha duvidas à hora de almoço quanto à crença em cada um dos meus colegas criar a sua empresa, agora desfiz essas dúvidas. Todos os 8 grupos, 40 alunos, nas suas apresentações em cada um dos minutos, colocaram ali toda a energia e entusiasmo na defesa da “sua” ideia, do ”seu” projecto, ...do seu futuro. E não era por serem profissionais experimentados, não era por não terem nada de melhor para fazer...era porque acreditavam no que estavam a apresentar, em cada palavra...

Melhores/Piores momentos:
1-Grande dissertação a jeito de palestra, em boa parte da aula, sobre o fenómeno da crise e a polémica dos mercados financeiros. Todos saimos a perceber bem melhor esta realidade.

2-A chegada à Nova Forum às 9:30 é feita debaixo de uma forte chuva...

Nota Relevante:
Parece que a entrevista do colega na sexta feira correu bem, todos torcemos para que ele tenha sucesso!

Dificuldades:
O tempo começa a ser escasso para tantas horas seguidas de tanta e boa matéria e ainda “fora de horas” trabalhar no nosso projecto.

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